Economistas elevam previsão do crescimento do PIB em 2013
Data: 07/10/13
Economistas de instituições financeiras aumentaram a projeção para o crescimento da economia brasileira para este ano, passando de 2,40% para 2,70% informou nesta segunda-feira a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central. O mercado também manteve a previsão de elevação da taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, que será conhecida na próxima quarta-feira.
Para a inflação, a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano continua em 5,82%. Para 2014, o ajuste passou de 5,97% para 5,95%. Os economistas também mantiveram a perspectiva para a Selic, em 9,75% para o próximo ano.
A nova projeção do mercado, com expectativa de crescimento maior para o ano, vem na esteira das declarações recentes, feita pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante sua viagem a Londres. Segundo Tombini, o crescimento econômico do Brasil no terceiro trimestre não será tão fraco como se esperava anteriormente. Tombini afirmou ainda que a inflação está recuando em direção ao centro da meta. A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos percentuais.
Analistas do mercado mantiveram as projeções para o câmbio, cotando a moeda americana em R$ 2,30. Já a expectativa para o avanço da produção industrial neste ano passou de 1,92% para 1,70%. Para 2014, a expectativa ficou em 2,30%.
A aposta dos economistas para o saldo da balança comercial no ano corrente ficou em US$ 2 bilhões. E para o próximo ano, ficou em US$ 9,25 bilhões. Para as transações correntes, (todas as operações do Brasil com o exterior), a previsão de déficit permaneceu em US$ 79 bilhões. Para 2014, a previsão ficou em déficit de US$ 77 bilhões.
A projeção para o Investimento Estrangeiro Direto (IED) de 2013 e de 2014 (importante indicador de investimento na economia) permaneceu em US$ 60 bilhões.
A agência de classificação Moody`s reduziu na quarta-feira a perspectiva de crédito do Brasil para "estável", ante "positiva", citando o fraco crescimento da economia brasileira.