Mobilização de Policiais Federais alcança todo o país
Data: 31/10/13
Neste dia das Bruxas, 31/10, Policiais Federais de todo o país foram às ruas para mostrar à sociedade as péssimas condições de trabalho e o descaso do Governo Dilma com os agentes, escrivães e papiloscopistas. Em um balanço geral, em todos os Estados os policiais promoveram algum tipo de mobilização e protesto. “Esse dia serviu para mostrar que a nossa categoria está unida, e que hoje a Polícia Federal vive uma verdadeira situação de sucateamento oficial”, afirma o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Jones Borges Leal.
A criatividade foi marca registrada entre os policiais. Além da panfletagem, os policiais federais desenvolveram atividades de cidadania, como doação de sangue e recolhimento de roupas e alimentos para posterior doação às entidades filantrópicas. Os policiais também lavaram calçadas e se fantasiaram de monstros e bruxas. O objetivou foi mostrar, de uma forma bem humorada, que a Polícia Federal infelizmente vive um momento caótico.
A mobilização teve como principal reivindicação o mesmo tratamento dispensado às demais carreiras públicas, pois há seis anos os agentes, escrivães e papiloscopistas estão com seus subsídios sem a correção inflacionária. Segundo Leal, “qualquer trabalhador no mundo se rebelaria em defesa de sua família ao perceber que nos últimos seis anos, 35% do seu poder aquisitivo foi corroído pela inflação”.
Também foram reivindicados pelos policiais a melhoria na gestão dos recursos humanos, a reestruturação do Departamento de Policia Federal e o fim das covardes perseguições e do assédio moral. O presidente da Fenapef destaca que os policiais também protestam pelo aumento do número do efetivo policial, além do estabelecimento da meritocracia no Departamento, que irá promover a valorização da experiência e do conhecimento. “A desmotivação na Policia Federal é grande. O número de policiais subaproveitados, sobrecarregados e cansados de tanta burocracia é elevadíssimo, e muitos abandonam a carreira, pois não vislumbram perspectivas de crescimento profissional. Porém, estamos unidos e pretendemos politizar cada vez mais o movimento para buscar o mesmo tratamento dispensado às demais carreiras públicas e melhores condições de trabalho, que irão refletir diretamente na segurança pública do país”, conclui Leal.
Veja aqui a repercussão da paralisação em todo o pais (Clique em qualquer parte do mapa).