Policiais federais param atividades em Sergipe

Data: 31/10/13

 

Policiais fazem protesto no Dia das Bruxas(Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os policiais federais em Sergipe aderiram à mobilização nacional e paralisaram as atividades nesta quinta-feira, 31, data classificada como o Dia das Bruxas. Na sexta-feira, 1º, os manifestantes retornam às atividades normais em todas as unidades da Polícia Federal no país.

Em Sergipe, os policiais federais realizarão um ato de protesto na porta da sede da Superintendência da PF, em Aracaju. O presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Sergipe (Sinpef), Durvalino Xavier do Nascimento Filho, informa que há um efetivo superior a 30% em atividade, em cumprimento à legislação que define regras para a realização de greve nos serviços públicos.

Segundo Durvalino Xavier, a paralisação não trará prejuízos, mas nem todas as audiências foram realizadas e acabaram remarcadas. A manifestação, conforme observa Xavier, é um sinal de alerta para forçar o Governo a abrir os canais de negociações. “É uma demonstração de insatisfação para mostrar ao Governo a necessidade de se ter a reabertura do canal de diálogo”, comenta o sindicalista.

Xavier observa que a insatisfação generalizada na PF é decorrente da burocracia excessiva na atividade, contra o controle político na instituição, contra a falta de investimentos, à evasão de servidores e um alerta para o crescente número de suicídios, registrado entre os policiais federais no país.

Segundo o presidente do Sinpef, em um ano, entre junho do ano passado e julho deste ano, foram contabilizados onze casos de suicídio no país. “Por falta de assistência psicossocial, pela perseguição e excessiva carga de trabalho porque o efetivo é insuficiente para atender às demandas da instituição”, considerou. “Em Sergipe, não há casos de suicídio, mas o Estado não está imune porque já ocorreram tentativas”, enfatizou o presidente do sindicato.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nota, informando que pesquisa realizada recentemente revela que a falta de investimentos se caracteriza como perseguição, uma espécie de “castigo pelas investigações” desenvolvidas pela Polícia Federal no país sobre corrupção e que os agentes federais receberam, na última década, a metade dos reajustes concedidos pelo Governo.

Na nota, a Federação destaca que o Governo tem repassado “as competências da Polícia Federal para o Exército, para a Força Nacional, e promove o sucateamento institucional do órgão, através do corte de investimentos, pelas terceirizações ilegais nos aeroportos, e principalmente pela desvalorização do investigador da PF em relação às demais carreiras públicas”.

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