Policiais federais de Uberlândia aderem à paralisação nacional por 24 horas

Data: 31/10/13

Policiais federais de Uberlândia aderiram à paralisação nacional da categoria, por 24 horas, para pedir a reestruturação da carreira de agentes, papiloscopistas e escrivães. Quinze policiais entregaram panfletos para as pessoas que passaram pelo Aeroporto Tenente Coronel Aviador Cesar Bombonato nesta quinta-feira (31). Segundo o representante do Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais na cidade, José Arnaldo Galdino, o atendimento ao público não será prejudicado, mas as investigações da Delegacia Regional da Policia Federal (PF) estão praticamente paradas. Esta informação foi negada pelo delegado chefe da PF na cidade.

Policiais federais de Uberlândia aderem à paralisação nacional por 24 horas

Segundo o representante do Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais na cidade, José Arnaldo Galdino, o atendimento ao público não será prejudicado (Foto: Diogo Machado)

Galdino afirmou que desde 1997 os concursos realizados para a PF exigem ensino superior completo, mas na prática as atribuições e a remuneração são as mesmas de uma portaria sobre cargos federais de nível médio. “Fizemos concurso de nível superior e recebemos por atribuições de nível médio. Queremos o reconhecimento do trabalho que executamos.” Para agentes o salário inicial é de R$ 7 mil e para delegados esse valor é de R$ 13 mil.

Segundo Galdino os serviços para o público não serão afetados, mas diante do impasse com o Governo Federal para reestruturação pedida pelos policiais, as investigações estão “praticamente paradas” e as conduzidas são feitas por funcionários desmotivados. Está informação foi negada pelo delegado chefe da PF na cidade, Carlos Henrique D’Ângelo, que disse que as investigações continuam e não serão prejudicadas. “Mesmo que um agente pare de trabalhar por qualquer motivo, temos no nosso efetivo outro agente que dará continuidade no trabalho”, afirmou D’Ângelo.

Galdino disse ainda que o reajuste de 15% proposto pelo governo não muda a realidade vivida pelos policiais. “Só uma readequação do quadro com o reconhecimento em nível superior, aumento do efetivo e outras demandas podem mudar essa situação caótica vivida na segurança.” A paralisação nacional atingiu todas as capitais e teve manifestações em aeroportos e nas sedes das delegacias da instituição.

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