BRASÍLIA - Na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, a tropa de choque petista entrou em campo e rejeitou, por 12 a 2, convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para dar explicações sobre o Caso Siemens e sobre o fato de Vinicius Carvalho, presidente do Cade, ter omitido na sabatina no Senado seu vínculo de trabalho com o deputado denunciante, o hoje secretário de Serviços da prefeitura de São Paulo, Simão Jorge (PT-SP). Mas foi feito um acordo para que o convite seja aprovado na Comissão de Segurança da Câmara e na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
— Não creio que tenha havido fraude na documentação encaminhada pelo ministro Cardozo. Ele não embarcaria numa coisa dessas e virá ao Congresso, tranquilamente, dar as explicações necessárias. É importante que se dê a oportunidade de defesa a quem foi acusado, mas as investigações tem que continuar, é o processo — disse o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI).
O secretário geral do PT, deputado Paulo Teixeira ( SP), disse que o ex-executivo da Siemens entregou dois documentos: um dirigido à empresa, e outro à Polícia Federal, no processo de delação premiada. E diz que nos dois documentos exite a palavra “bride”, propina em inglês. Os tucanos estão requerendo acesso ao depoimento da delação premiada de Everton Rheinheimer, da Siemens.