Aeroportos do interior têm 'boom' de operações

Data: 16/12/13

Os aeroportos do interior do País tiveram um "boom" no número de passageiros transportados e operações realizadas nos últimos 12 anos. Levantamento do Estadão Dados mostra que, dos 21 aeroportos de médio e grande porte que mais registraram aumento no número de conexões entre 2000 e 2012, nenhum está em capital.

Os números foram compilados pela reportagem com base nos mais de 13 milhões de registros de voos computados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) desde janeiro de 2000. Ontem, o Estado revelou que as empresas aéreas estão aumentando o tempo previsto de voo para diminuir a média de atrasos nas principais rotas aéreas do País.

Os aeroportos do interior que mais registraram crescimento no número de conexões com o resto do Brasil - soma de pousos e decolagens - podem ser divididos em dois grupos.

O primeiro contempla aqueles situados em cidades que tiveram grande crescimento econômico na última década, impulsionados pelo petróleo - como Macaé e Campos dos Goytacazes (RJ) e Rio Grande (RS) - ou pelo agronegócio, como Rondo-nópolis (MT).

No outro grupo, estão aeroportos de cidades que já eram poios regionais em 2000 e que só incrementaram sua importância na rede aeroviária nacional. Os maiores exemplos são  Campinas (SP), Montes Claros (MG) e Foz do Iguaçu (PR).

 Macaé. O aeroporto de Macaé, no litoral norte fluminense, foi  o que teve o maior incremento no número de conexões do País. Em 2000, nenhum avião comercial subiu ou desceu na cidade. Doze anos depois, turbinado pelas operações da Petro-brás na Bacia de Campos, o aeroporto teve 3.064 movimentações, entre partidas e chegadas - quase dez por dia.

A demanda por aviação no suporte às atividades das plataformas de petróleo vem sufocando i a infraestrutura de hangares e terminais de passageiros. Aaviação no local concorre como vai- vém de helicópteros rumo às bases da petroleira em alto-mar.

Os dados mostram também que, além do aumento dos voos no interior, São Paulo foi a única grande cidade que perdeu importância relativa no número de conexões com o resto do País, passando de 23% para 20J6 do fluxo total de aeronaves. Em compensação, novos hubs registraram crescimento, com destaque para Belo Horizonte (2%), Rio e Brasília (1% cada).

COLABOROU ADRIANO BARCELOS
Brasil ganha mais rotas para a América Central
• Âs conexões aéreas entre Brasil e países da América Central dispararam ao longo dos últimos 13 anos. Desde 2000, a região teve 0 maior aumento de voos, passando de 1,9 mil decolagens para 11,6 mil em 2012 - crescimento de praticamente seis vezes. 0 aumento foi impulsionado pelo crescimento de 845% dos voos para 0 Panamá, 0 maior hub da América Central.

Daniel Angelim, de 33 anos, trabalha em uma confederação sindical e passa de 6 a 8 vezes por ano por lá. Ele diz que os voos de São Paulo estão sempre lotados.

"Tem muito empresário, mas nas férias e fim de ano, às vezes não consigo passagem."

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