Economist mostra que 65 países têm grandes riscos de protestos em 2014

Data: 27/12/13

 

Uma pesquisa da Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de análise filiada à revista Economist, indica que 65 de 150 países analisados têm grandes riscos de presenciarem revoltas populares em 2014. Comparado com dados de cinco anos atrás, 19 países foram acrescentados à lista de potenciais barris de pólvora. O Brasil consta nos países de "alto risco", num ranking com cinco categorias que vão de "baixíssimo risco, passando por "baixo risco","risco médio","alto risco" até "altíssimo risco". Nesta última categoria, entre os países latinos, constam Argentina e Bolívia.

 

Um reboliço social, amparado especialmente pela classe média, vem acontecendo em várias regiões do mundo. As razões para os protestos variam. Alguns são respostas diretas às dificuldades econômicas, como na Grécia e na Espanha. Outros são revoltas contra governos opressores, especialmente no Oriente Médio. Um número deles também expressa as aspirações de novas classes médias nos mercados emergentes de rápido crescimento, como na Turquia e no Brasil. Apesar disso, todos compartilham algumas características.

 

O pano de fundo comum é a crise financeira de 2008 e 2009 e suas consequências. A aflição econômica é quase uma condição necessária para a grave instabilidade social ou política, mas não é suficiente para explicar o que vem acontecendo. O declínio nos rendimentos e a alta taxa de desemprego nem sempre são seguidos por agitação. Só quando o problema econômico é acompanhado por outros elementos de vulnerabilidade é que a agitação se manifesta. Tais fatores incluem grande desigualdade de renda, baixos níveis de provisão social, tensões étnicas e um histórico de distúrbios. De particular importância nos distúrbios dos últimos tempos parece ter sido uma erosão da confiança nos governos e instituições: uma crise da democracia.

 

A pesquisa revela as regiões que aparecem com risco alto ou muito alto de protestos: 12 dos 18 países do Oriente Médio e do Norte da África, seis dos sete países dos Balcãs; oito dos 12 estados dos antigos países soviéticos, e ainda cinco dos seis países do sul da Europa. Mais de 40% dos países da Europa Oriental estão nas categorias de alto risco. Esta região foi duramente atingida pela crise financeira e também tem muitas das características subjacentes associadas à instabilidade. Sem surpresa, muitos países de alto risco estão na África Subsaariana. Mas há também alguns na América Latina e Ásia- incluindo o maior mercado mundial e o emergente mais bem sucedido, a China, onde as autoridades estão constantemente nervosas sobre o risco de protestos em massa.

 

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