Óleo que atingiu Lago Paranoá vazou do Palácio do Planalto, diz secretaria

Data: 22/01/14

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal, Eduardo Brandão, disse nesta quarta-feira (22) que o óleo derramado na última sexta-feira (17) no Lago Paranoá, em Brasília, teve origem de um vazamento em uma caldeira de um restaurante do Palácio do Planalto.

"Depois de alguns estudos com equipamentos nas galerias de águas pluviais, podemos afirmar que o óleo foi derramado dentro da área do Palácio do Planalto, no poço de visita", disse. "Provavelmente, [foi] um vazamento que veio da caldeira do Palácio que atende ao restaurante."

"Podemos afirmar com certeza que saiu dessa área. O que estamos concluindo no estudo químico é se é óleo de caldeira ou de poço lubrificante", afirmou Brandão. "Nós temos inclusive o relato de que ocorreu um acidente na caldeira, por isso ela já estava desligada ontem, quando fizemos a vistoria."

 A administração do Palácio do Planalto deverá ser autuada em aproximadamente R$ 50 mil, segundo o secretário.

A Presidência informou que a conclusão do GDF é "precipitada" e que, apenas após análises químicas, será possível chegar a uma informação tecnicamente consistente. O órgão disse, no entanto, que a caldeira do anexo IV do Palácio do Planalto foi preventivamente desativada.

Segundo Brandão, porém, o administrador do restaurante do Palácio será autuado. "Nossa equipe visitou o local e a caldeira foi desligada. Eles não são reincidentes e se propuseram a fazer a modernização do equipamento", informou o secretário.

De acordo com Brandão, os responsáveis pela caldeira agiram com "transparência". "Eles foram absolutamente abertos. Nossa equipe foi lá, e eles caminharam com tudo [deram os encaminhamentos]. Foram transparentes e estão preocupados em tomar providências necessárias", disse.

O secretário atribuiu a alta frequência no derramamento de óleo no Lago Paranoá ao envelhecimento das caldeiras instaladas no DF. "O primeiro grande fator são os equipamentos com idade mais que limite", afirmou. "A secretaria e o Ibram [Instituto Brasília Ambiental] estão intensificando a fiscalização e recomendando a troca desses equipamentos."

 Brandão afirmou que a mancha, de aproximadamente 180 metros e espessura de 2 milímetros, foi contida. "O lago está completamente despoluído. A ação de contenção do vazamento foi muito rápida e, felizmente, o dano ambiental é muito menor que o anterior."

Óleo de caldeira
No ano passado, uma mancha de óleo também supostamente vazada de uma caldeira, desta vez do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), também atingiu o lago. O secretário disse que a empresa responsável pelas caldeiras do Hran ainda não pagou a multa de R$ 280 mil porque o processo estava "tramitando".

Brandão afirmou não ter dúvidas de que o derramamento na época veio do hospital, apesar de a empresa responsável pelas caldeiras ter apresentado um laudo contestando a informação. "Naturalmente, ele vai se defender, tem todo o direito de se defender", disse.

 

OUTRAS NOTÍCIAS

Levantamento alerta para direitos do servidor público estudante

1ª Turma mantém júri do caso Villela

Agente da PF ganha direito de remoção após ser vítima de assédio

Texto da reforma da Previdência é aprovado na CCJ