Na estreia em Davos, Dilma vende o Brasil como terra de oportunidades e de responsabilidade econômica

Data: 24/01/14

 

Falando por 33 minutos -3 deles de improviso - a presidente Dilma Rousseff aproveitou seu primeiro discurso no Fórum Econômico Social em Davos (Suíça) para vender o Brasil com um bom local para os investimentos. A presidente passou 10 minutos elogiando o programa de concessões e disse que o Brasil está aberto aos investidores.

- O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócio. Nosso sucesso, nos próximos anos, estará associado à parceria com os invetidores do Brasil e de todo o mundo. Sempre recebemos bem o investimento externo - disse Dilma.

Dilma também falou sobre as manifestações de junho, que tomaram as ruas do Brasil. Segundo ela, não houve um pedido de retrocesso, mas novos avanços. Ela disse que seu governo não reprimiu os manifestantes, mas ouviu e compreendeu o que os manifestantes desejam:

- Democracia gera desejo de mais democracia. Inclusão social provoca a expectativa de mais inclusão social e qualidade de vida desperta o anseio de mais qualidade de vida, por mais e melhores serviços - afirmou a presidente.

Citando diversos números, Dilma afirmou que o Brasil está reduzindo seu endividamento, respeitando as metas de inflação, gerando superávits primários - a mandatária disse que estados e municípios precisam avançar na resposabilidade fiscal - e voltou a falar sobre a inclusão social. Em um discurso que parecia os balanços do PAC, Dilma elogiou o Minha Casa, Minha Vida.

Para terminar seu discurso, Dilma usou seus três minutos derradeiros para convocar os presentes à Copa, voltando a dizer que esta será a “Copa das Copas”. De acordo com a presidente, o Brasil se associa a maior parte dos países do mundo para, com o futebol, “promover a paz e lutar contra os preconceitos”.

A presidente também disse que é "apressada" a tese de que os emergentes perderão seu dinamismo econômico. Ela disse ainda que é importante olhar o "médio e o longo prazo" na recuperação da crise global e afirmou, ainda, que o Brasil combate fortemente a inflação.

- A inflação no Brasil permanece sob controle e desde 99 o Brasil segue o regime de metas. Nos últimos anos perseguimos o centro da meta e a cada ano trabalhamos para lograr esse objetivo. Os resultados até aqui estão dentro das metas. Buscamos a convergência para o centro da meta. A experiência que tivemos das elevadíssimas taxas de inflação dos anos 80 e 90 nos ensinou o poder destrutivo do descontrole de preços sobre as rendas, salário, lucros das empresas. A estabilidade da moeda é hoje um valor central do nosso país. Quero enfatizar que nós não transigimos com a inflação - disse.

 

OUTRAS NOTÍCIAS

Levantamento alerta para direitos do servidor público estudante

1ª Turma mantém júri do caso Villela

Agente da PF ganha direito de remoção após ser vítima de assédio

Texto da reforma da Previdência é aprovado na CCJ