Sindicato faz reivindicações e diz que Polícia Federal está falida em MS

Data: 06/02/14

 

O presidente do sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul, Jorge Caldas, em entrevista ao jornal O Estado, afirmou que a Polícia Federal em todo o Brasil está “sucateada” e demonstrou preocupação com as condições em que o Estado se encontra. Ele reivindica melhores condições de trabalho e pede atenção do governo federal para com a instituição.

 

De acordo com Caldas, um encontro em Brasília, nos dias 29 e 30 de janeiro, reuniu os 27 presidentes dos sindicatos e expôs a fragilidade da instituição em todo o Brasil. Ele explica que lá ficou decidido um calendário de ações políticas e sindicais, que prevê paralisações e manifestações organizadas em toda a Polícia Federal do país. “Os policiais reivindicam três importantes aspectos, que são a reestruturação salarial, plano de carreira única e melhoria das condições de trabalho. Isso é o mínimo que precisamos para prestar um serviço de excelência para a sociedade”, diz.

 

O sindicato irá discutir se irá ou não fazer parte deste calendário hoje (5), a partir das 15h30. Caso fique aprovado, já na sexta-feira (7), haverá uma Não há lugar apropriado para a custódia de presos Jorge Caldas, presidente de sindicato manifestação e, na terça-feira (11), uma paralisação de 24 horas em todo o Estado.

 

Para presidente de sindicato, situação é crítica no Estado

 

Segundo Caldas, três principais problemas transformam a Polícia Federal do Estado em uma das mais precárias do país. “Temos um efetivo muito reduzido. Precisamos de pelo menos 100% a mais de policiais para podermos começar a trabalhar com qualidade”, explica.

 

Falta de treinamento também é problema. “Como somos um Estado com problemas peculiares, como os conflitos de produtores rurais e indígenas, precisamos de treinamento específico para este tipo de ação, coisa que não temos”, diz.

 

Ele ainda avalia em nota 3 (de zero a dez), a infraestrutura das delegacias da PF na fronteira. “São péssimas, principalmente em Ponta Porã, Corumbá e Naviraí, onde as condições de trabalho são nulas. Não há lugar apropriado para a custódia de presos e muito menos para guardar as apreensões, que são deixadas nas ruas. Nossos equipamentos são ultrapassados e a frota de veículos precisa ser aumentada e renovada”, afirma.

 

 

 

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