Policiais federais penduram algemas em protesto no ES

Data: 07/02/14

 

Policiais federais do Espírito Santo fizeram um protesto, na manhã desta sexta-feira (7). No ato, algemas foram penduradas em um cabideiro em frente à sede da Superintendência Regional, no bairro São Torquato, em Vila Velha, na Grande Vitória. Segundo os federais, o significado é a suspensão parcial dos trabalhos. A manifestação foi batizada de "algemaço". Protestos do mesmo tipo aconteceram em outras partes do país nesta manhã, conforme combinado pela categoria.

Durante o ato desta sexta, não houve paralisação de serviços. De acordo com o diretor intersindical, do Sindicato dos Policiais Federais do Espírito Santo (Sinpef-ES), Robson Dalpra, a categoria cobra reajuste salarial entre 40% e 50% para agentes, escrivães e papiloscopistas, e querem a reestruturação das carreiras. Além disso, não concordam que os três cargos sejam considerados de nível médio.

"Nesta sexta fizemos apenas um protesto, fora do horário de expediente, que não prejudicou ninguém. Mas não descartamos paralisações. Nossa categoria está desmotivada por conta da questão salarial e a reestruturação da categoria. Estamos há sete anos sem aumento e, apesar de que o governo já nos ofereceu um aumento de 15,8%, não achamos condizente. Sobre a reestruturação da carreira, não achamos justo uma pessoa não poder crescer dentro de sua profissão, se entra como papiloscopista, aposenta como papiloscopista", disse.

A categoria promete fazer uma paralisação no dia 11 de fevereiro, mas garantiu que os serviços prestados à população, como emissão de passaportes, não será prejudicado. Cerca de 30% da categoria continuará trabalhando.

Outro lado


A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou que em 2012 e 2013 foram realizadas diversas reuniões onde houver diálogos sobre um reajuste salarial. A categoria que abrange os escrivães, papiloscopistas e agentes federais queriam um reajuste de 40 a 50%, segundo a assessoria, enquanto todos os outros níveis tiveram reajuste de 15,8%. Ainda de acordo com a assessoria, a reestruturação da carreira iria impactar o orçamento e não haveria  margem financeira nem fiscal para isso.

 

OUTRAS NOTÍCIAS

Levantamento alerta para direitos do servidor público estudante

1ª Turma mantém júri do caso Villela

Agente da PF ganha direito de remoção após ser vítima de assédio

Texto da reforma da Previdência é aprovado na CCJ