No AC: Polícia Federal protesta por melhorias no Dia do Enfermo
Data: 11/02/14
Servidres da Polícia Federal do Acre, entre agentes, escrivães e papiloscopistas, aproveitaram o Dia do Enfermo, celebrado nesta terça-feira (11), para realizar uma manifestação, em frente a Superintendência Regional da PF em Rio Branco, reivindicando melhorias para a categoria no estado. A ação faz parte de um chamado nacional para que as polícias do país consigam o reconhecimento da profissão.
Vestidos de terno e camisetas com `SOS para a Polícia Federal`, os policiais esperavam o carro do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Acre (Hemoacre) para doar sangue. Durante o ato fizeram uma encenação, demonstrando que a Polícia Federal está doente.
O presidente do Sindicato de Policiais Federais do Acre (Sinpofac), Franklin Albuquerque explica que a luta pelas melhorias se arrasta há sete anos, e que não há leis que definam as atribuições dos policiais, o que desampara a categoria.
"Nós queremos uma lei orgânica, um plano de carreira para a Polícia Federal, que hoje trabalha sem ter uma lei que defina suas atribuições, todas as policias civis tem uma lei orgânica e nós não temos. Isso mostra o descaso e a falta de comprometimento que o governo tem com a PF", reclama Franklin Albuquerque.
De acordo com o presidente, a negociação vem acontecendo, porém não há contra-proposta por parte do governo federal.
"Nós tentamos negociar com o Ministério da Justiça, sentamos com o Ministério do Planejamento e estamos conversando agora com a Casa Civil. Então estamos em contato com todo aparato, mas infelizmente a gente não consegue um denominador comum, o governo é muito intransigente e não cede absolutamente nada", declara.
Durante a paralisação desta terça, a PF funciona com pouco mais de 30% do seu efetivo, durante o período o setor mais atingido será o de investigações, entretanto os serviços de urgência e emergência estarão funcionando para não afetar a sociedade.
"Hoje principalmente as investigações criminais serão suspensas. Para a gente não prejudicar a sociedade os serviços de urgência, plantão e ordens de missões já em curso nós garantimos e não interrompemos. Mas as investigações em si param, o que vai prejudicar no andamento", relata.
Nos dias 25 e 26 haverá uma nova paralisação de 48 horas. "Por uma questão de estratégia vamos divulgar assim, mês a mês", finaliza Franklin.