No Paraná: Por melhores condições de trabalho, PF faz paralisação

Data: 11/02/14

 

Policiais federais de todo o Paraná decidiram paralisar parte dos serviços desde o início da madrugada desta terça-feira (11). O protesto ocorre em apoio à manifestação nacional, que reivindica melhores condições de trabalho, aumento do efetivo, reconhecimento de função de nível superior e cortes de verbas.

A paralisação está prevista para durar 24 horas, segundo o Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef/PR). Até as 8h30, 30% do efetivo continuava trabalhando normalmente. O serviço de emissão de passaportes não foi afetado.

"A PF está na UTI. Nós estamos tentando tirar. Precisamos que a sociedade se mobilize para que a categoria não acabe. Se isso acontecer, quem vai sofrer é o povo", disse ao G1 o presidente do Sinpef/PR, Fernando Vicentini.

Em Curitiba, a concentração começa às 8h30 na sede da superintendência da PF, no bairro Boa Vista. Com um carro de som, os policiais seguirão até a Arena da Baixada, onde farão uma panfletagem.

 Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, os serviços de passaporte e atendimento ao estrangeiro também devem funcionar normalmente. Já as atividades de investigação e operacional estarão paralisadas. Às 10h, os policiais vão realizar um ato em frente à delegacia para mostrar que seguem em conjunto com a paralisação nacional.

Em Londrina, no norte, os policiais também paralisaram as atividades nesta terça-feira. Eles estão concentrados na sede da PF, na rua Tietê, na região central da cidade. Cerca de 30 policiais de todos os setores participam da paralisação, mantendo 30% do efetivo trabalhando.

Segundo o representante do sindicato em Londrina, Flávio Henrique Rossi Uliano, a principal reivindicação é o reconhecimento das funções de nível superior. "Atualmente, é exigido o nível superior no ingresso à Polícia Federal, porém as atribuições são de nível médio. Queremos que seja criada uma lei orgânica que estabeleça isso, até por conta do trabalho que se desenvolve", disse.

Os policiais federais de Maringá também aderiram à paralisação. Trinta policiais paralisaram as atividades, mantendo os serviços de passaporte e atendimento ao estrangeiro.

 Em Foz do Iguaçu, no oeste, os policiais se reunirão a partir das 10h no sindicato local para decidir sobre as próximas paralisações e greve por tempo indeterminado.

"Os trabalhos estão bastante prejudicados, já que nós estamos mantendo o mínimo legal necessário para atendimento dos postos e dos serviços mínimos da delegacia. Os policiais estão cumprindo uma agenda de dois meses com mobilizações e paralisações", relata a diretora do sindicato dos policiais federais, Bibiana Orsi.

A diretora disse ainda que a paralisação pode passar de 24 horas. "Nós podemos evoluir para um quadro de greve. Vai depender da continuidade do sucateamento da PF. Estamos denunciando essa situação há cinco anos, fizemos uma greve de 70 dias em 2012 e o governo não cumpriu nenhuma parte do nosso acordo. Em ano de Copa não dá para abandonar a segurança", destaca.

Na Ponte da Amizade, os policiais federais estão trabalhando apenas no setor de migração. A fiscalização de veículos e pessoas está suspensa.

 Veja a reportagem logo abaixo (se necessário, clique com o botão direito do mouse e selecione tocar/executar/reproduzir):

 

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