No Recife: Serviços da PF operam com pessoal reduzido devido a paralisação
Data: 11/02/14
Agentes, papiloscopistas e escrivães da Polícia Federal (PF) fazem uma paralisação durante toda esta terça-feira (11), na superintendência da instituição no Recife, no Cais do Apolo, área central da capital, para protestar contra o sucateamento da polícia e reivindicar reajuste salarial e reconhecimento para a categoria. Eles pretendem sair em caminhada até o Marco Zero, com faixas e distribuição de panfletos.
De acordo com a diretoria de comunicação da PF, até o início da manhã, 50 policiais estavam na mobilização. A expectativa, no entanto, é de que 120 profissionais se juntem ao protesto no decorrer do dia. O estado de Pernambuco possui 251 agentes, dos três tipos, trabalhando atualmente, segundo a diretoria.
Com a paralisação, os serviços essenciais continuam funcionando, mas com apenas 30% do efetivo. Atividades como entrega e expedição de passaporte, cumprimento de mandado de prisão e embarque e desembarque internacionais estão sendo realizados dentro do efetivo mínimo. A diretoria de comunicação da PF informou, ainda, que tudo está sendo feito de maneira que prejudique o mínimo possível quem precisa dos serviços oferecidos pelo órgão.
Mobilização
O ato ocorre em sintonia com um movimento nacional promovido pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Além da paralisação desta quarta, outras duas estão marcadas para os dias 25 e 26 de fevereiro e 11, 12 e 13 de março.
De acordo com o sindicato, a categoria está sem reajuste salarial desde 2009, o que tem motivado a saída de cerca de 250 agentes por ano. De acordo com Marcelo Pires, presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco (Sinpef/PE), muitos estão prestando concursos públicos para outras áreas.
"Só podemos pensar que isso é uma retaliação pelas nossas investigações contra os políticos corruptos que fazem parte do governo. Estamos apenas fazendo nosso, muito mal pago, trabalho". Segundo Pires, eles precisam de R$ 130 milhões para melhorar as condições da classe, que tem um efetivo de 13 mil agentes em todo o Brasil.