Os policiais federais catarinenses aderiram a um movimento nacional que paralisa as atividades por 24 horas, nesta terça-feira (11). Em Santa Catarina, o movimento atinge todas as regiões do estado, mas não chegará a prejudicar os serviços considerados essenciais, conforme o sindicato da categoria.

Atividades nos aeroportos, portos e outras como emissão de passaportes são realizadas normalmente, afirma Joel Moraes Ferreira, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Santa Catarina (Sinpofesc). O representante da categoria explica que ao menos 30% do quadro de 500 profissionais que atuam em regiões catarinenses está mantido.

Reivindicações
A paralisação nacional tem como principal objetivo alertar sobre a necessidade de melhorias na área de segurança pública. “Pedimos a aprovação da PEC 51 [Projeto de Lei Constitucional de de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ)]. É um projeto de emenda constitucional de segurança pública que tem quatro pontos que reconhecemos como sendo de maior valia para a sociedade: desmilitarização da Policia Militar, ciclo completa, carreira única, a pessoa entra na base e vai até o ponto máximo por meritocracia, e criação de polícias municipais, com poder de polícia independente, com atuação em sua área”, comenta Ferreira

Segundo o presidente do Sinpofesc, os policiais federais também requisitam a readequação dos cargos dos agentes federais em inteligência, análise criminal, fiscalização, Interpol e perícia de impressões digitais. Apesar de desde 1996 ser exigido nível superior para todas as funções, estas continuam sendo tratadas como funções de Ensino Médio. Outra solicitação é uma restruturação funcional da categoria.

Até a 9h20 desta terça-feira, o G1 não havia conseguido contato com representante da Superintendência da Polícia Federal de Santa Catarina.