Abin monitora riscos para a Copa do Mundo

Data: 13/02/14

 

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está acompanhando as manifestações no Rio e em outras cidades brasileiras para avaliar o risco de intensificação dos protestos, especialmente mais perto da Copa do Mundo. A avaliação da agência é de que a situação deve piorar conforme o evento se aproxima, especialmente pela visibilidade trazida pela própria Copa.

A possibilidade de manifestações é um dos fatores de risco levantados pela Abin para os Cenários - relatórios sobre questões de segurança e de organização que podem atrapalhar a organização de grandes eventos. Desde 2013, o risco de ações por parte dos chamados "grupos de pressão" já era classificado como alerta vermelho entre as "fontes de ameaça" analisadas, juntamente com questões como acidentes de trânsito e criminalidade.

 A agência está acompanhando a "temperatura" das manifestações e a possibilidade de crescimento usando o que chama de fontes abertas: redes sociais como Facebook e Twitter, depoimentos policiais e acompanhamento de partidos e outras organizações. A intenção é verificar riscos, tamanho, infiltrações de partidos políticos e financiamento dos protestos.

O acompanhamento começou a ser feito no ano passado, durante as manifestações de junho, e foi incorporado ao que já era feito nos Cenários para a Copa. Quando as manifestações contra o governo eclodiram, a falta de informações causou uma crise no governo.

Envolvidos com a segurança da Copa, os agentes de inteligência teriam negligenciado o acompanhamento dos movimentos sociais e de informações que mostravam o crescimento do que começou como manifestação contra o aumento da passagem de ônibus.

Na época, uma força-tarefa foi montada para começar a acompanhar as redes sociais, onde as ações começavam, e o acompanhamento foi incorporado ao Mosaico, sistema online de acompanhamento de cerca de 700 temas definidos pelo ministro-chefe do GSI, general José Elito.

A Abin terá um esquema especial para a Copa do Mundo. Portaria publicada no fim de 2012 por Elito determinou que, para a competição e outros eventos, sejam estabelecidos um Centro de Inteligência Nacional em Brasília, Centros de Inteligência em cada uma das cidades-sede e um Centro de Inteligência de Serviços Estrangeiros.

Nele, atuarão "representantes dos serviços de inteligência estrangeiros acreditados no Brasil ou os que venham a ser especialmente designados para acompanhar a realização dos grandes eventos". O centro possivelmente ficará no Rio e seu foco será contraterrorismo.

 

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

 

OUTRAS NOTÍCIAS

Levantamento alerta para direitos do servidor público estudante

1ª Turma mantém júri do caso Villela

Agente da PF ganha direito de remoção após ser vítima de assédio

Texto da reforma da Previdência é aprovado na CCJ