Policiais Federais pedem apoio a Câmara e Assembleias Legislativas

Data: 20/02/14

 

Agentes, escrivães e papiloscopistas (EPAs) da Polícia Federal, única categoria que não aceitou os 15,8% de aumento até 2015, entregaram, ontem, uma moção de apoio aos parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em defesa da recomposição inflacionária dos salários - em consequência de oito anos sem reajuste - e do reconhecimento das atribuições previstas em lei. O documento, que recebeu 15 assinaturas até o final da sessão, será encaminhado à Presidência da República para pressionar o governo a atender as reivindicações de reestruturação da carreira, em pauta desde 2003. O ato foi replicado em assembléias legislativas de pelo menos 14 estados do país, segundo Flávio Werneck, presidente do sindicato, em Brasília (Sindipol/DF).


O retorno durante a audiência pública foi considerado além das expectativas. “Recebemos o reconhecimento de parlamentares de diferentes partidos. Por lei, precisávamos apenas de nove assinaturas, pouco mais de um-terço dos 24 deputados. Mas ainda vamos visitar os gabinetes, em busca do apoio de todos desta Casa”, destacou Werneck. Na moção, há, também, detalhes dos inúmeros problemas que a categoria vem enfrentando, como denúncias de perseguições e assédio moral, principalmente contra aqueles que participaram da paralisação de 2012.


Mais de 250 policiais, disse Werneck, estão sendo investigados, transferidos de função ou para locais distantes. Fatos que não poderiam acontecer, com base no acordo fechado com o Ministério do Planejamento (MPOG), após a greve dde 2012, que durou 70 dias. “Não se trata apenas de aumento de salário. Mas de condições para um trabalho de excelência. A inércia do diretor geral e do Ministério da Justiça é preocupante”, assinalou, ao argumentar que o impacto financeiro das mudanças propostas pelos policiais está avaliado em R$ 738 milhões por ano, considerado pouco, em relação ao benefício de evitar evasão de centenas de técnicos treinados para cargos com melhor remuneração.


“Só esse ano, o governo já amargou um prejuízo de R$ 17 milhões com o êxodo de policiais, considerando apenas o custo de treinamento, sem falar nos valores envolvidos no concurso”, ressaltou. Cálculos da Comissão Nacional dos Excedentes da Polícia Federal de 2012 apontam que, no certame daquele ano, cada aprovado teve custo de R$ 12,8 mil, considerando recursos investidos em provas objetiva e discursiva, teste de aptidão física, exame médico e avaliação psicológica.

 

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