APRASC divulga nota de apoio ao movimento da PF
Data: 20/02/14
Policias federais catarinenses se reuniram na manhã desta terça-feira para protestar no Costão Santinho, em Florianópolis. Antes de iniciar o congresso, o ônibus dos policiais foi barrado, impedido de se manifestar. Eles querem chamar a atenção do governo para a PEC 51, que prevê uma reestruturação dos órgãos de segurança do país.
Em vista disso, a Aprasc divulgou nota de apoio ao movimento, repudiando o cerceamento da liberdade de manifestação. Confira abaixo:
APRASC APOIA O MOVIMENTO DOS POLICIAIS FEDERAIS
A Associação dos Praças de Santa Catarina – APRASC – vem a público prestar total apoio ao movimento dos policiais federais, representados no Estado pelo Sindicato dos Policiais Federais de Santa Catarina (SINPOFESC), e o repúdio ao cerceamento da manifestação legítima e garantida constitucionalmente aos trabalhadores, na manhã de hoje (18/02), em Florianópolis.
O movimento da PF está em consonância com as aspirações e lutas dos praças catarinenses representados pela APRASC, na medida em que reivindica a urgente reestruturação da Segurança Pública no país, aproximando-a da sociedade, promovendo a valorização e instrumentalização humana e tecnológica como forma de combate à escalada da criminalidade que, a cada dia, amplia as ações de violência transformando a sociedade brasileira em sua refém e vitimando centenas de policiais militares, civis e federais, diariamente.
A manifestação da manhã de hoje na capital catarinense traduz mais um apelo que vem sendo feito há alguns anos pelos sindicatos e associações de trabalhadores da Segurança Pública aos representantes da Nação para que estes procedam às prementes mudanças, com a efetiva apreciação e aprovação pelo Congresso Nacional de um novo modelo, com base, especialmente, na Proposta de Emenda Constitucional nº 51, a qual discute e remodela a sistemática de segurança pública brasileira, estabelecendo, por exemplo, a carreira única nas instituições de segurança pública (ou na instituição de segurança pública, se for o caso), que pressupõe, para tanto a quebra de dogmas e lógicas que, infelizmente, ainda se sustentam em um modelo arcaico, ultrapassado e, por isso, constantemente questionado tanto pelos profissionais da área quanto pela sociedade.
É preciso fazer o debate sobre o modelo, mas, antes disso, é de fundamental importância que se permita debater. Afinal, vige o Estado Democrático de Direito e, neste contexto, a expressão da opinião, do pensamento e a livre manifestação, direitos básicos garantidos na Constituição Federal, que tem sido, dia após dia, desrespeitados, o que, por certo, gera e gerará mais e mais manifestações das diversas categorias de trabalhadores e da sociedade.
Florianópolis, 18 de fevereiro de 2014.
Diretoria da Associação dos Praças de Santa Catarina - APRASC