Elefante inflável é utilizado em ato simbólico em Curitiba (Foto: Divulgação / PF)

Agentes de Polícia Federal (PF) de todo o Paraná iniciaram uma paralisação desde a madrugada desta terça-feira (25) para pedir melhorias para a categoria. De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR), vários protestos estão programados em várias cidades do estado em apoio à manifestação nacional, que reivindica aumento do efetivo, fim do controle político nas investigações, fim do assédio moral dentro da PF, entre outros. No Paraná, a paralisação deve durar 48 horas, conforme o presidente do Sinpef-PR, Fernando Vicentini. A ação não deve afetar os serviços essencias para a população, como a emissão de passaportes, por exemplo.

Em Curitiba, desde as 9h30, os servidores fazem um ato simbólico com um elefante inflável branco para protestar sobre os inquéritos policiais. "Nós precisamos de um meio de investigação melhor. Nosso atual sistema está falido, incomodando a categoria", acrescenta Vicentini.

 Os policiais também reclamam de uma espécie de boicote do governo federal ao órgão. Segundo eles, em dez anos os investimentos foram reduzidos de R$ 81 milhões para R$ 20 milhões em função das operações anticorrupção.

Em nota, o sindicato aponta que o salário da categoria está congelado há sete anos e que não há incentivo à carreira. “Na última década, o salário dos policiais federais foi reduzido à metade das demais carreiras federais. Como consequência, a cada ano mais de 250 agentes federais abandonam a PF".

 Em Londrina e Maringá, no norte do estado, mais de 80 agentes participam do movimento. Nas duas cidades, apenas os serviços agendados, como a confecção do passaporte e o atendimento a estrangeiros, não foram prejudicados.

Em Foz do Iguaçu, no oeste, onde funciona uma das maiores delegacias do país, os serviços na delegacia e nos postos de Imigração nas pontes da Amizade, na fronteira com o Paraguai, e Tancredo Neves, com a Argentina, estão sendo realizados normalmente. Em Guaíra e em Cascavel, o atendimento também segue normal.

Na região dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, os policiais federais também aderiram à paralisação. Em frente à delegacia, segundo o escrivão Artur Kanada, os policiais protestam com faixas e cartazes. Cerca de 70% da categoria aderiu ao movimento. Apenas o serviço de emissão de passaporte está funcionando normalmente.

Já em Guarapuava, na região central, 30% do efetivo está paralisado. Não há protestos na região.