Polícia Federal realiza paralisação de 48 horas em todo o Brasil

Data: 25/02/14

Parte dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal fazem greve de 48 horas a partir desta terça-feira (25). Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais, profissionais de todos os estados e também do Distrito Federal devem aderir ao movimento que reivindica aumento salarial, reestruturação de carreira e novo concurso para mais vagas. Na maioria dos estados, a paralisação é parcial e serviços prestados para a população, como emissão de passaportes, não serão interrompidos.


Procurada pelo G1, a Polícia Federal afirma que não irá se pronunciar sobre a greve. Já o Ministério do Planejamento, através de sua assessoria, afirma que nos dois últimos anos, a categoria não aceitou a proposta de reajuste de 15,8% e não fechou acordo com o governo. A pasta afirma que, neste momento, não há margem financeira e fiscal para fazer o reajuste pedido, pois causaria impacto na folha de pagamento. Mas ressalta que as negociações estão abertas.

Veja como está a situação nos estados:

 

 Acre
Com um elefante branco, os servidores da Polícia Federal do Acre marcaram o início da paralisação das atividades durante 48 horas, a partir desta terça-feira (25). Franklin Albuquerque, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Acre (Sinpofac) afirma que a reivindicação principal é a reestruturação do cargo de policial. Somente 30% do efetivo permanece em atendimento.

Alagoas
De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Alagoas (Sinpofal), Jorge Venerando, cerca de 130 agentes, escrivães e papiloscopistas ficarão sem trabalhar durante a paralisação. Os policiais estão concetrados em frente à sede a Polícia Federal, localizada no bairro de Jaraguá.

 

Amapá
Reunidos na Praça da Bandeira, no Centro de Macapá, 70% dos profisisonais da categoria simularam uma pescaria em referência à redução no número de operações deflagradas pela Polícia Federal no estado.


Bahia
Segundo a Diretoria do Sindicato dos Policiais Federais do Estado da Bahia, 70% do efetivo está paralisado e 30% mínimo atende solicitações de emissão de passaportes, fiscalização de produtos químicos e prestação de serviços a empresas de segurança privada.

Ceará
Cerca de 400 profissionais aderiram à manifestação, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Ceará (Sinpof-CE), Carlos Onofre Façanha. Conforme o sindicato, 30% dos serviços seguem funcionando.

Distrito Federal
Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol/DF), cerca de 800 profissionais, divididos entre agentes, escrivães e papiloscopistas, aderiram à greve, totalizando 70% dos profissionais. Porém, mesmo com a greve, o atendimento ao público, como emissão de passaportes, não será afetado.

 

Espírito Santo
Funcionários da PF fizeram manifestações no Aeroporto de Vitória e em um shopping de Vila Velha. O ato aconteceu entre 6 horas e 11 horas da manhã. O sindicato informou que apenas os serviços de emissão e entrega de passaportes funcionam.

Goiás
No estado, 70% do efetivo está de braços cruzados, de acordo com o Sindicato dos Policiais Federais em Goiás (Sinpefgo). Cerca de 50 policiais federais está reunido na sede da PF, em Goiânia, para protestar. O presidente do Sinpefgo, Adair Ferreira dos Santos, afirmou que os serviços prestados pela categoria, como a emissão de passaportes, são realizados parcialmente.

Maranhão
De acordo com o Sindicato Policiais Federais do Maranhão, o objetivo da paralisação  é denunciar a lentidão dos inquéritos policiais, além de fazer parte de uma mobilização nacional da categoria, que reivindica aumento salarial, estruturação de carreira e novo concurso para mais vagas. Sindicato afirma que todos os serviços essenciais estão funcionando.

Mato Grosso
De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso (Sinpef-MT), cerca de 60 policiais se concentram em frente ao prédio da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Cuiabá, em protesto. Segundo o sindicato, os serviços prestados à população, como emissão de passaporte, não são afetados pela paralisação.

Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande, a categoria fez um ato em frente a superintendência do órgão com faixas, panfletos, além de uma mula e uma carroça. Na capital, 60% do efetivo está parado. Policiais de Corumbá, Ponta Porã, Dourados, Naviraí e Três Lagoas também participam do protesto. Segundo o sindicato, serviços prestados para a população, como emissão de passaportes e registros de armas, não serão interrompidos.
 
Minas Gerais
Em Belo Horizonte, 70% dos funcionários da Polícia Federal estão em greve. Uma escala de 30% é mantida para serviços internos. Durante a paralisação, investigações e serviços não agendados serão prejudicados. Já os serviços agendados, como emissão de passaportes e registro de estrangeiros, serão cumpridos, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais (Sinpef/MG), Rodrigo Porto.

Pará
Policiais federais de Santarém, no oeste do Pará, aderiram à paralisação. Os policiais estenderam faixas e cartazes em frente à Delegacia de Polícia Federal em Santarém com frases de insatisfação.

Paraíba
Segundo o Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef) do estado, estão suspensas ações como investigações, operações e tomadas de depoimento. Está mantido apenas o atendimento ao público. A principal reivindicação é o reconhecimento dos cargos de agente, escrivão e papiloscopista como de nível superior.

Paraná
De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR), vários protestos estão programados em várias cidades do estado em apoio à manifestação nacional, que reivindica aumento do efetivo, fim do controle político nas investigações, fim do assédio moral dentro da PF, entre outros. Conforme o presidente do Sinpef-PR, Fernando Vicentini, a ação não deve afetar os serviços essencias para a população.

Pernambuco
Por conta da paralisação, a PF trabalha com apenas 30% do efetivo, conforme determina a lei. Com isso, serviços como emissões de passaporte para turistas e porte de armas estão comprometidos. Os profissionais paralisaram as atividades no Aeroporto Internacional do Recife, no Porto do Recife, na superintendência do órgão na capital do estado e nas delegacias da PF em Caruaru (Agreste) e Salgueiro (Sertão). Na superintendência da corporação no Recife, em um ato simbólico, os agentes jogaram dominó, leram jornal e fizeram uma roda de samba.

Piauí
Os policiais paralisaram as atividades às 8h e o órgão só volta a funcionar plenamente na quinta-feira (27). Eles reivindicam mudanças nos processos de investigações criminais e o fim do inquérito policial. Para simbolizar a reivindicação, eles encheram na frente da sede da Polícia Federal (PF) do Piauí um balão inflável no formato de um elefante branco, de quase 3 metros de altura. Na PF-PI, só funcionam serviços básicos como “plantão, custódia e oitiva de preso, caso seja necessário, segundo o Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Piauí (SSDPFPI).

Rio de Janeiro

Agentes da Polícia Federal realizaram um apitaço às 10h, no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro (SSDPF/RJ), a greve não afeta diretamente os serviços prestados à população.


Rio Grande do Norte
O Sindicato dos Policiais e Escrivães Federais do RN (Sinpef) afirma que os funcionários da Polícia Federal estão paralisados. Apesar disso, a PF garante que há efetivo para atender aos serviços de emissão de passaporte e declarações de nada consta. Em manifestação, na frente à sede do órgão em Natal, cerca de 100 agentes usaram uma mula para chamar a atenção.


Rio Grande do Sul
De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef/RS), protesto é feito devido ao descaso do Governo Federal com a categoria. No estado, estão suspensos os serviços de atendimento ao público, como oitivas, porte de arma, atendimento a estrangeiros, controle de empresas de vigilância, bancos e produtos químicos, segundo o sindicato, segundo o Sinpef/RS.

Rondônia
Policiais Federais no estado aderiram à paralisação nacional. O ato deve durar 48 horas e 70% do efetivo, do total de 169 agentes policiais, pararam as atividades. A concentração acontece na sede da Superintendência da Polícia Federal em Porto Velho e todos os serviços estão sendo mantidos.

Roraima
Os funcionários da Policial Federal (PF) em Roraima aderiram à paralisação nacional. Os manifestantes pedem melhoriais salariais, reconhecimento e valorização do trabalho. Conforme o sindicato, 30% dos serviços seguem funcionando normalmente.

Santa Catarina
Nesta manhã, segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Santa Catarina (Sinpofesc), ocorreram manifestações em todas as delegacias da entidade. Agentes que trabalham em serviços considerados essenciais, como de passaporte e aeroportos, não estão parados, segundo o sindicato.

 

São Paulo
Na capital do estado, a paralisação começou na segunda-feira (24) e continua nesta terça (25). Eles protestam contra a falta de estrutura para a realização dos serviços durante a realização da Copa do Mundo, em junho deste ano, e pedem a reforma no sistema de segurança pública. A categoria também reivindica aumento de salário e reestruturação dos planos de carreira. O Sindicato dos Servidores Públicos Civis Federais do Departamento de Polícia Federal no Estado De São Paulo (Sindpolfs/SP) afirma que o objetivo da paralização não é atingir a população. Por isso, os serviços essenciais, como o controle imigratório nos portos e aeroportos e o atendimento nos setores de passaporte não serão interrompidos.

Sergipe
As atividades da Polícia Federal no Sergipe serão suspensas por um período de 48h e apenas 30% do quadro de policiais está trabalhando. Entre as principais reivindicações da categoria estão a reestruturação do departamento da Polícia Federal, além das definições das funções, desta vez acordadas em legislação.

 

Tocantins
Cerca de 70% dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal no Tocantins aderiram à paralisação nacional, com o objetivo de chamar a atenção da população quanto ao que eles consideram como o sucateamento da instituição. Conforme informações do Sindicato dos Policiais Federais do Tocantins (Sinpefto), todos os serviços realizados à população, como emissão de passaportes e registro de ocorrências estão funcionando normalmente.

 

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