RR: Policiais federais aderem à paralisação nacional de 48 horas

Data: 25/02/14

 

Agentes, papiloscopistas e escrivães da Policial Federal (PF) em Roraima aderiram à paralisação nacional programada para esta terça-feira (25) e quarta-feira (26). Os manifestantes pedem melhoriais salariais, reconhecimento e valorização do trabalho. Conforme o sindicato, 30% dos serviços seguem funcionando normalmente.

Os manifestantes cobram a ampliação do quadro de funcionários que ocupam as funções de agentes, escrivães e papiloscopistas, a valorização das carreiras e dos salários com base em uma lei de 1996 que passou a exigir nível superior dos atuais grevistas.

"Pedimos que a Presidente do país cumpra a lei assinada em 1996 na qual regulamentava que os agentes, escrivães e papiloscopistas são obrigados a ter ensino superior. Queremos receber salários com base nessa formação que temos", disse  Luiz Barroso, presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Roraima (Sinpofer).

 O presidente do sindicato explicou também que a população não deve ser prejudicada pela paralisação, porque os 30%  dos funcionários em atividade, são capazes de atender a demanda de todo o estado. Além disso, os manifestantes também alegam que as reivindicações são justas e influenciam diretamente no cotidiano da sociedade.

 Segundo eles, um exemplo disso é que, por causa do pequeno quadro de funcionários, os regimes de plantão são feitos por um número de funcionários abaixo do considerado legal. O que ocasiona riscos e fragilidade no policiamento em locais como o aeroportos, fronteiras e demais postos de trabalho que funcionam com regime de plantão.

"A atual situação é vergonhosa. Os plantões no Brasil inteiro são falhos e aqui em Roraima também. Hoje em dia há somente um policial para ficar no plantão em postos nos quais se precisa de dois agentes para garantir o atendimento e a segurança. Se esse único agente passar mal, ou tiver que enfrentar um bandido, vai morrer porque não há ninguém para auxiliar", afirmou Barroso.

Os manifestantes já anunciaram que na quarta-feira irão se deslocar para os municípios de Bonfim e Pacaraima, cidades fronteiriças com a Guiana Inglesa e Venezuela, respectivamente.

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