TO: Policiais federais paralisam atividades por 48h em todo estado

Data: 25/02/14

Vestidos com terno e gravata, cerca de 70% dos agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal no Tocantins iniciaram na manhã desta terça-feira (25) uma paralisação, com o objetivo de chamar a atenção da população quanto ao que eles consideram como o sucateamento da instituição. A ação segue a mobilização nacional, que ocorrerá durante 48 horas.

Conforme as informações, todos os serviços realizados à população, como emissão de passaportes e registro de ocorrências estão funcionando normalmente. "A paralisação segue às recomendações para os casos de greve de servidores públicos [quando um efetivo mínimo de 30% precisa ser mantido para a manutenção dos serviços]", informou Mauro Knewitz, diretor do Sindicato dos Policiais Federais do Tocantins (Sinpefto).

De acordo com os policiais federais, de 2008 a 2013 houve uma queda muito grande no número de operações contra a corrupção em todo o país. Eles questionam `a quem interessa uma Polícia Federal sucateada`, como forma de apontar uma queda de 86% nos indiciamentos dos crimes do colarinho branco e desvios de verbas públicas, nos últimos cinco anos.

 Parte do problema, segundo eles, está na falta de recursos. "É preciso que a PF passe por uma reestruturação e essa é uma de nossas exigências. Precisamos de investimentos, de pessoal e menos burocracia para dar continuidade ao nosso trabalho", destacou Knewitz.

No Tocantins, a última operação desse nível, conforme os agentes, foi a Maet, teve como objetivo combater a corrupção no judiciário tocantinense e que levou ao afastamento da presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Willamara de Almeida.

Usando a frase `Apagão da Polícia Federal`, os policiais reivindicam aumento salarial e ainda autonomia nas investigações, uma vez que, segundo eles, atualmente as ações que envolvem políticos devem informadas antes para o ministro da justiça.

A categoria recusou proposta de reajuste de 15,8% e não fechou acordo com o governo. Sobre uma possível resposta da gestão, os policiais informaram que muitas reuniões são agendadas, mas que sempre são desmarcadas. Eles alegam que enquanto não receberem uma resposta quanto às mobilizações, as paralisações continuarão sem prazo para acabar.

 

 

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