Boa parte da população e Curitiba e região – mais precisamente 2,3 milhões de pessoas – estão sendo afetadas pela greve de motoristas e cobradores de ônibus, deflagrada na noite de ontem. Contudo, não são apenas os funcionários do transporte público que estão paralisados. Nesta quinta-feira (26), a greve dos policiais federais entrou em seu segundo dia.

A classe reclama do sucateamento da instituição pelo governo federal, os salários congelados e da falta de efetivo. A mobilização, que acontece também em Curitiba, é nacional.

A previsão é que, em todo o Brasil, de 3 a 4 mil policiais federais cruzem os braços, o que representa metade do número de oficiais da instituição na ativa.

Mesmo em greve, os policiais mantém funcionando os serviços essenciais, pois o objetivo é conscientizar a população e não prejudicá-la. “Na década passada,grandes organizações criminosas eram desmanteladas.Mas nos últimos anos, com o sucateamento do órgão, a maioria dos presos são ‘mulas’, uma gíria para pequenos traficantes. E infelizmente o Ministério da Justiça tem se empenhado para disfarçar o abandono da instituição”, denunciam os agentes.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, Fernando Augusto Vicentine, as reivindicações da classe são antigas e o governo federal tem sido intransigente nas negociações.