Aproximadamente 100 vigilantes de Uberlândia e região continuam em greve
Data: 27/02/14
Cerca de 100 vigilantes de Uberlândia e região, funcionários da empresa terceirizada CJF, de Juiz de Fora, e que faz a segurança das agências do Banco do Brasil, continuam em greve por tempo indeterminado. O número foi informado pelo presidente do sindicato da categoria, Juliano Modesto. Com a paralisação, o atendimento dos caixas não está sendo feito nas 11 agências de Uberlândia e em filiais de outras cidades do Triângulo Mineiro.
A greve foi iniciada na terça-feira (25), e foi motivada, segundo Modesto, pelo não pagamento do salário, incluindo os benefícios como vale-alimentação e plano de saúde. Os profissionais fizeram, no dia 25 à noite, e decidiram pela continuidade da greve. Hoje, eles se reúnem com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar do assunto.
O gerente da CJF, José Marcos, disse que o pagamento do salário foi feito em dia e que houve atraso dos benefícios. “A empresa fez um acordo com o sindicato da categoria junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), com prazo até o dia 28 de fevereiro, para informar sobre os benefícios, mas o sindicato entrou em greve antes.” A assessoria do MPT disse que a procuradora que cuida do caso está de férias e outro procurador não se posiciona sobre o não cumprimento do prazo.
A assessoria do Banco do Brasil informou que o atendimento de serviços e informações está sendo feito nas agências e os clientes podem usar os caixas eletrônicos nas salas de autoatendimento e os correspondentes bancários. Movimentações financeiras no interior das agências não estão sendo feitos. Por isso, os clientes não conseguiram descontar cheques. A empresária Marcela Coelho e o comerciante Gustavo Machado disseram que depositaram os cheques que iriam descontar e agora precisam esperar o prazo de compensação.
Policiais federais e professores também fazem paralisação
Cerca de 20 policiais federais que atuam em Uberlândia iniciaram uma paralisação na terça-feira (25) com previsão de durar 48 horas. Ontem, eles panfletaram no aeroporto da cidade com o objetivo de chamar a atenção do governo e conscientizar a população sobre a crise na corporação. “Queremos a reestruturação da carreira e adequações do salário ao nível superior porque não tivemos nenhum aumento nos últimos sete anos”, afirmou o representante do Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais (Sinpef/MG), José Arnaldo Galdino de Moraes.
Já os professores da rede estadual de ensino de Uberlândia aderiram, ontem, à paralisação da categoria por 24 horas. As escolas estaduais Professor José Inácio Sousa e Bom Jesus não funcionaram, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG) na cidade, que não soube precisar quantos profissionais paralisaram as atividades. Já a Secretaria de Estado de Educação (SER) de Minas Gerais informou que três escolas ficaram totalmente paralisadas e oito parcialmente.