Os agentes da Polícia Federal (PF) de Maringá fazem greve de 72 horas a partir desta terça-feira (11) em adesão ao movimento que reivindica aumento salarial, reestruturação de carreira e novo concurso para mais vagas. Durante a paralisação será mantido um efetivo de 30%, previsto em lei, para prestação de serviços à população, como emissão de passaportes.
Segundo o representante sindical em Maringá, o agente Eduardo Zöbisch, a  mobilização proposta pela Federação Nacional dos Policiais Federais faz "frente ao descaso do Governo Federal com a classe. Desde fevereiro de 2009 os subsídios estão congelados, em que pese uma inflação de pelo menos 30%, segundo o INPC, neste período".

Os agentes federais também pedem reconhecimento de suas atribuições de nível superior em lei específica, as quais são exercidas de fato, porém não reconhecidas de direito. Melhorias nas instalações de fronteiras, implantação do adicional de fronteira, contenção da evasão de servidores do órgão, lei orgânica para Polícia Federal, valorização igualitária de todos os cargos da carreira policial federal, investimentos em instalações, equipamentos e viaturas também estão na lista de reivindicações.

"A Polícia Federal vive uma crise interna sem precedentes o que ocasiona desmotivação, abandono de carreira, tratamentos psiquiátricos e até mesmo suicídios de servidores. A sociedade brasileira tem que ser trazida para esta discussão, pois vivemos uma crise de segurança em nosso País e a Polícia Federal é fundamental para a solução deste problema", ressalta Zöbisch.

Não está descartada a hipótese de deflagração de greve por tempo indeterminado.