Policiais voltam a ocupar aeroportos para pedir melhores condições de trabalho

Data: 16/03/14

Uma semana depois de o Palácio do Planalto escalar Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, para negociar com a categoria, policiais federais de todo o país estão convocando para uma grande manifestação cobrando mais investimento do governo federal na segurança dos aeroportos brasileiros. No próximo dia 20, os policiais voltam a ocupar aeroportos nas principais capitais, num protesto bem-humorado: vão distribuir pizzas e panfletos (onde explicam a reivindicação), levando palhaços para simbolizar o que chamam de “descaso de governantes com a segurança da população”.

 

Desde o ano passado os policiais federais brasileiros passaram a organizar protestos pedindo aumento para a categoria, numa clara oposição a política de segurança da direção-geral da Polícia Federal. Os agentes federais denunciam um sucateamento proposital da carreira, pois são os únicos servidores federais que amargam um congelamento salarial de cinco anos, sem o reconhecimento legal das atribuições de nível superior exercidas desde 1996. Segundo José Carlos Nedel, diretor de estratégia da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), há riscos para a segurança dos grandes eventos:

 

— Hoje vivemos um risco maior de terrorismo e crimes transnacionais no Brasil, pois os grandes aeroportos possuem um número insuficiente de agentes federais, com péssimas condições de trabalho, e vários aeroportos brasileiros não possuem nenhum policial federal. Nesta semana vamos alertar a população ao divulgar detalhes do descaso do Governo Federal com os aeroportos brasileiros — afirmou José Carlos.

 

O dia 20 foi escolhido para o início da nova onda de protestos nos aeroportos por ser a data comemorativa dos contadores de histórias.

 

— Os agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal vão às ruas protestar contra os contos, lendas e fábulas que têm sido contadas aos cidadãos, como forma de esconder a péssima gestão — disse José Carlos.


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