Tombini diz que Brasil não está condenado a ter inflação acima da meta
Data: 18/03/14
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o Brasil não está condenado a ter inflação acima do centro da meta de 4,5%. Desde 2009, o número aumentou, mas ficou dentro da margem de tolerância de 2 pontos percentuais. Hoje, o Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA) está em 5,68% no acumulado nos últimos 12 meses.
— Não há nada que nos condene em ter a inflação acima da meta — afirmou por duas vezes o economista em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Ele avaliou como um “choque temporário” o aumento de preços dos alimentos por causa de efeitos do clima. Há alguns anos, a equipe econômica tem de lidar com impactos da seca ou da chuva na inflação. Em 2011, por exemplo, a elevação do custo da comida foi o principal fantasma enfrentado pela autoridade monetária e afastou de vez a inflação da trajetória de metas.
— Em princípio, trata-se de um choque temporário — arriscou Tombini.
— Em momentos como o atual, a política monetária tem de se manter vigilante.
Aos parlamentares, Tombini afirmou que a maior parte dos efeitos das sucessivas altas de juros (que começaram em abril do ano passado) ainda não foi vista e será sentida a partir de agora. Ele ressaltou que, apesar de a inflação de tarifas de serviços públicos está em alta, os preços livres acumulam uma queda de 1 ponto percentual nos últimos sete meses.
Ele reafirmou nesta terça-feira que o momento de volatilidade dos mercados internacionais é reflexo de um período de transição e incerteza e isso não deve ser confundido com vulnerabilidade das economias emergentes. Tombini lembrou que o BC brasileiro foi o primeiro a alertar para isso.
— Isso contribui para afastar a tese de fragilidade generalizada das economias emergentes — afirmou o presidente do BC.
Alexandre Tombini listou vários dados da economia brasileira para demonstrar que o país vai bem. Falou das altas reservas internacionais, da dívida relativamente baixa, do crescimento mais sustentável com moderação do crédito e do consumo e também dos investimentos que continuam a fluir para o país.
— Não há de se falar em vulnerabilidade ou fragilidade da economia brasileira.
Questionado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sobre a necessidade de o Banco Central responder as críticas do BC americano (Federal Reserve, Fed) sobre o fato de o Brasil ter se tornado um dos países mais vulneráveis, Tombini afirmou que o BC prepara um trabalho sobre o assunto. Disse que o documento ainda não está pronto. Adiantou que tratará sobre a depreciação do real frente ao dólar.
O Fed classificou essa perda de valor como vulnerabilidade. Tombini lembrou que antes da desvalorização, o real foi a moeda que mais apreciou-se no mundo. No entanto, ressaltou que o trabalho do BC não visa a ser uma reposta ao Fed.
— Seria valorizar esse documento. Acho que seria uma perda de tempo.
Na audiência com os senadores, o presidente da autoridade monetária também foi interpelado sobre o fato de a Caixa Econômica Federal ter usado dinheiro de cadernetas de poupanças de clientes com problemas cadastrais para aumentar o lucro da instituição. Ele explicou que o encerramento de contas com esse tipo de pendência é um procedimento devido e incentivado. Já a “realocação contábil” não é.
— O BC mandou parar com essa prática. A ação do BC é tempestiva e anterior a qualquer reportagem — frisou. — Nós temos uma governança bastante forte. Não vamos deixar nenhum depositante ter prejuízo.
— Não há nada que nos condene em ter a inflação acima da meta — afirmou por duas vezes o economista em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Ele avaliou como um “choque temporário” o aumento de preços dos alimentos por causa de efeitos do clima. Há alguns anos, a equipe econômica tem de lidar com impactos da seca ou da chuva na inflação. Em 2011, por exemplo, a elevação do custo da comida foi o principal fantasma enfrentado pela autoridade monetária e afastou de vez a inflação da trajetória de metas.
— Em princípio, trata-se de um choque temporário — arriscou Tombini.
— Em momentos como o atual, a política monetária tem de se manter vigilante.
Aos parlamentares, Tombini afirmou que a maior parte dos efeitos das sucessivas altas de juros (que começaram em abril do ano passado) ainda não foi vista e será sentida a partir de agora. Ele ressaltou que, apesar de a inflação de tarifas de serviços públicos está em alta, os preços livres acumulam uma queda de 1 ponto percentual nos últimos sete meses.
Ele reafirmou nesta terça-feira que o momento de volatilidade dos mercados internacionais é reflexo de um período de transição e incerteza e isso não deve ser confundido com vulnerabilidade das economias emergentes. Tombini lembrou que o BC brasileiro foi o primeiro a alertar para isso.
— Isso contribui para afastar a tese de fragilidade generalizada das economias emergentes — afirmou o presidente do BC.
Alexandre Tombini listou vários dados da economia brasileira para demonstrar que o país vai bem. Falou das altas reservas internacionais, da dívida relativamente baixa, do crescimento mais sustentável com moderação do crédito e do consumo e também dos investimentos que continuam a fluir para o país.
— Não há de se falar em vulnerabilidade ou fragilidade da economia brasileira.
Questionado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sobre a necessidade de o Banco Central responder as críticas do BC americano (Federal Reserve, Fed) sobre o fato de o Brasil ter se tornado um dos países mais vulneráveis, Tombini afirmou que o BC prepara um trabalho sobre o assunto. Disse que o documento ainda não está pronto. Adiantou que tratará sobre a depreciação do real frente ao dólar.
O Fed classificou essa perda de valor como vulnerabilidade. Tombini lembrou que antes da desvalorização, o real foi a moeda que mais apreciou-se no mundo. No entanto, ressaltou que o trabalho do BC não visa a ser uma reposta ao Fed.
— Seria valorizar esse documento. Acho que seria uma perda de tempo.
Na audiência com os senadores, o presidente da autoridade monetária também foi interpelado sobre o fato de a Caixa Econômica Federal ter usado dinheiro de cadernetas de poupanças de clientes com problemas cadastrais para aumentar o lucro da instituição. Ele explicou que o encerramento de contas com esse tipo de pendência é um procedimento devido e incentivado. Já a “realocação contábil” não é.
— O BC mandou parar com essa prática. A ação do BC é tempestiva e anterior a qualquer reportagem — frisou. — Nós temos uma governança bastante forte. Não vamos deixar nenhum depositante ter prejuízo.