Policiais Federais avisam: protestaremos sem grevar

Data: 20/03/14

Policiais federais de todo o país ficaram indignados com a notícia de que o ministro Gilmar Mendes, nesta segunda-feira, 17, negou uma reclamação constitucional da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), e autorizou o corte de ponto dos servidores grevistas, por considerar que policial civil é equiparado ao militar, e não deve exercer o direito de greve previsto na Constituição.

Segundo Jones Borges Leal, presidente da Fenapef, “há muitos anos os servidores públicos brasileiros vivem uma insegurança jurídica em relação aos seus direitos trabalhistas, pois o Governo Federal se omite nas suas regulamentações. O risco dessa negativa foi calculado, mas preferimos saber onde pisamos a continuar nesse pântano jurídico de incertezas”.

Na opinião da Federação, a decisão do ministro Gilmar Mendes, para o governo, poder ser um feitiço que vai se virar contra o feiticeiro. E vários sindicalistas acreditam que a flexibilização do movimento dos policiais federais vai, inclusive, chamar mais servidores para o movimento, pois eventos durante algumas horas do dia vão possibilitar a participação de todos os policiais, sem risco de corte de ponto.

E completa Leal, “se necessário, não faremos mais greves, faremos somente atos públicos de cidadania, com mais denúncias e pesquisas. Agora, sem greve, não há corte de ponto, e certamente haverá maior participação. E chamaremos outros movimentos sociais para se juntarem a nós. Serão atos públicos, não baseados em direito trabalhista, mas no direito de reunião, cláusula pétrea que nenhum tribunal vai negar, garantia fundamental de cidadãos brasileiros que estão cansados do aumento da criminalidade e da violência, da impunidade, e de tanta incompetência na gestão da segurança pública”.

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