Com os salários congelados há mais de sete anos, e sem regulamentação das atribuições da profissão em lei, os agentes federais, papiloscopistas e escrivães da Polícia Federal continuam a realizar manifestações em todo o país e ameaçam não trabalharem durante a copa e durante as olimpíadas.

Hoje pela manhã mais uma vez os agentes filiados ao SINPEF-RO, paralisaram o trabalho e foram para frente da sede da PF em Porto Velho protestar.

O Diretor Jurídico do Sindicato, João Bosco Costa, afirmou que "no dia nacional de combate ao câncer, precisamos extirpar o câncer que tomou conta da Polícia Federal, que tantos serviços prestou ao país e hoje se encontra sucateada, sem um plano de carreira condizente, sem estrutura e desmotivada por falta de reposição salarial para as perdas, que já dura sete anos" afirmou.

Segundo Bosco o movimento de enterro dos gestores da polícia Federal ocorreu em todo o Brasil e que em certas capitais há endurecimento nas ações do movimento que já não suporta mais o descaso com que o Governo vem tratando o caso.

"Para se ter uma ideia, os aeroportos estão sem condições por causa de falta de pessoal, aqui em Porto Velho não há um agente da PF sequer em serviço. Na época dos grandes eventos, como a copa do mundo e as olimpíadas as coisas vão piorar ainda mais ."Nós aqui estamos em uma região de fronteira, o que torna a situação ainda mais crítica e outras instituições estão realizando atribuições que são constitucionalmente de responsabilidade da Polícia Federal, isso não pode mis continuar assim" reiterou Bosco.

"O movimento vai continuar em todo o país e nós aqui de Rondônia não vamos parar de nos manifestar, enquanto o governo não apresentar uma proposta de reestruturação da PF. Hoje, por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal tem uma estrutura moderna, com carreira única e com atribuições, inclusive de chefia estipuladas em lei. Porque a Polícia Federal foi deixada para trás, a quem interessa uma Polícia Federal doente", indaga Bosco.