Sem verba, nova sede da PF fica na gaveta e reforma é suspensa

Data: 22/04/14

Cortes no orçamento do governo federal, iniciados no ano passado, atingiram em cheio a Polícia Federal do Rio. Por falta de dinheiro, a construção de uma sede moderna e a reforma da edificação que abriga a superintendência da PF no Rio foram suspensas. Pelo cronograma da direção-geral da instituição, seriam erguidos dois prédios de seis andares, uma praça e um jardim no centro do terreno de cerca de 30 mil metros quadrados onde funciona a atual sede, na Praça Mauá. A primeira parte da obra foi orçada em R$ 10 milhões. A nova sede deveria ser inaugurada antes da Copa do Mundo.

Para piorar, parte do prédio que havia sido reformada, com gastos superiores a R$ 4 milhões, terá que sofrer novos reparos,após a descoberta, no início do ano, de rachaduras em paredes, trincas em vidros e descolamento de pisos, provocados pelas explosões para a abertura da galeria viária subterrânea que ligará a Rua Primeiro de Março à Rodoviária Novo Rio.

Em nota enviada ao GLOBO sobre o corte no orçamento, a PF informou ontem “que estava buscando dados e que não havia informações disponíveis para serem repassadas no momento”, mas confirmou que, em decorrência das explosões no subsolo, “a construção sofreu algumas avarias, como rachaduras em paredes, trincas em vidros e descolamento de pisos”. A PF revelou ainda que, “até o presente momento, não foram verificados quaisquer danos em elementos estruturais do prédio e que está em contato permanente com a equipe técnica do consórcio, a fim de tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança de seus funcionários e do público externo”.

As obras de reforma e a construção da nova sede da PF do Rio começaram em 2007. Um teatro, inaugurado em 1940 pelo presidente Getúlio Vargas e abandonado por 40 anos, foi restaurado; elevadores, reformados, e instalações elétricas, trocadas.

Com menos verba, ações contra tráfico de drogas, contrabando de armas e corrupção foram prejudicadas, e memorandos informam que os delegados deverão cumprir cotas de combustível e economizar luz, telefone e material de escritório.

 

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