TO: Paralisação de 24 horas dos policiais federais segue calendário

Data: 23/04/14

A Polícia Federal no Tocantins iniciou uma nova paralisação na manhã desta quarta-feira (23), mas desta vez, segundo os servidores, a ação irá durar 24 horas. São 70% dos agentes, escrivães e papiloscopistas que param os trabalhos para chamar a atenção da população e das instituições do estado para as reivindicações da classe. A paralisação segue o calendário de mobilização nacional, com atividades que ocorrem desde fevereiro deste ano.

Como nas outras paralisações, um efetivo mínimo de 30% dos servidores será mantido para a manutenção dos serviços à população. Logo, quem precisa emitir o passaporte, fazer uma denúncia, registrar uma ocorrência, entre outros, não ficará sem atendimento.

"Hoje pela manhã uma comissão foi à Assembléia Legislativa do Estado para levar uma carta na tentativa de sensibilizar os parlamentares e os partidos. Porque se a situação da PF continuar da forma como está, ela pode até deixar de existir nos próximos 10 anos", argumentou o representante do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Tocantins (Sinpef-TO), Leandro Salim.

No dia 4 de abril os policiais distribuiram panfletos no aeroporto de Palmas explicando os problemas enfrentados pela categoria em todo o país. Já no dia 20 de março os agentes distribuíram pizza para os passageiros que desembarcavam na capital.

De acordo com Salim, às 15h será realizada uma assembléia geral para decidir como a mobilização irá seguir no estado.

Reivindicações
Os policiais federais reivindicam aumento salarial. Segundo eles, como os profissionais são altamente qualificados, muitos abandonam o cargo para seguir carreira em outros órgãos públicos, com salários mais atrativos. Isso estaria deixando vários setores da PF sobrecarregados. Eles ainda pedem autonomia nas investigações, uma vez que, atualmente, as ações que envolvem políticos devem informadas antes para o ministro da Justiça.

A categoria recusou a proposta de reajuste de 15,8% e não fechou acordo com o governo. Sobre uma possível resposta da gestão, os policiais informaram que muitas reuniões são agendadas, mas que sempre são desmarcadas. Eles alegam que enquanto não receberem uma resposta quanto às mobilizações, as paralisações continuarão sem prazo para acabar.

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