Policiais federais cobram autonomia para investigar crimes de corrupção

Data: 29/04/14

 

Manifestação ocorreu nesta terça-feira (29), na Zona Norte de Macapá (Foto: Dyepeson Martins/G1)
Manifestação ocorreu nesta terça-feira (29), na Zona Norte de Macapá (Foto: Dyepeson Martins/G1)

 

Agentes da Polícia Federal fizeram um protesto nesta terça-feira (29), durante a inauguração do novo prédio da superintendência do órgão no Amapá, localizado no bairro Infraero I, Zona Norte de Macapá. Os profissionais reivindicavam melhores condições de trabalho e autonomia para investigar crimes de corrupção. Segundo o sindicato que representa a classe, 96% dos casos apurados pela PF no estado não são concluídos.

 

Jorielson Silva, representante do sindicato dos policiais federais do Amapá (Foto: Dyepeson Martins/G1)
Jorielson Nascimento, representante do sindicato dos
policiais federais no Amapá
(Foto: Dyepeson Martins/G1)

 

"Nos últimos anos tivemos uma queda de 60% nas investigações no país. Durante as investigações, há um plano de controle em que todas as vezes que os policiais federais se deparam com o nome de pessoas vinculadas à estrutura do governo e a agentes políticos os nossos superiores são informados.Temos um prédio novo e uma polícia sucateada", afirmou o representante do sindicato, Jorielson Nascimento.

 

Ao todo, 50 policiais federais atuam no estado. O número, segundo Jorielson Nascimento, é insuficiente para combater a corrupção no Amapá. "Não temos um contingente ideal para trabalhar. Em Oiapoque, por exemplo, temos somente 10 policiais trabalhando na área de fronteira, enquanto que no lado francês existem 60 policiais. Precisamos de melhorias urgentes, não de um prédio novo", reforçou.

 

Novo prédio da PF foi construído na Zona Norte de Macapá (Foto: Dyepeson Martins/G1)
Novo prédio da PF foi construído na Zona Norte de Macapá (Foto: Dyepeson Martins/G1)

 

O G1 procurou pelo superintendente da Polícia Federal no Amapá, que disse não estar disponível para dar entrevistas.

 

Paralisações


Esta é a quarta paralisação da PF no estado em 2014. Em 25 de fevereiro, os policiais simularam uma pescaria para representar a redução no número de operações do órgão. A segunda manifestação ocorreu em 12 de março, quando os agentes enxugaram gelo em referência ao congelamento da corporação.

 

O terceiro protesto ocorreu no dia 3 de abril, quando os agentes aderiram à paralisação nacional da categoria.

 

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