A Fenapef esteve presente nos “Diálogos Regionais Conseg 2015”, nos dias 24 e 25/04/14 em Porto Alegre. Segundo a programação “...visava debater o impacto da 1ª  Conferência Nacional de Segurança Pública, bem como a implementação de suas deliberações”, ocorrida em 2009. Afinal, passaram-se quase cinco anos e os impactos continuam quase invisíveis.

A idéia dos Diálogos Regionais é debater sobre o início da preparação para a 2ª Conferência Nacional de  Segurança Púbica,  bem  como  a eleição dos representantes da  Região  Sul na  etapa nacional, a ser realizada em Brasília.

Já passavam um bom número de minutos das 15h do dia 24/04 (deveria ter começado às 14h), quando o diálogo oficial começou. Com ele, a notícia de que a abertura do evento com a palestra da Secretária Nacional de Segurança e Presidente do CONASP, Regina Miki, não aconteceria devido a outros compromissos da secretaria, assumindo no seu lugar  Almir dos Santos vice-presidente do Conasp 2013/2014.

Durante a palestra inicial, houve alguns apartes para esclarecimentos. Destaque para a fala do Conselheiro da Conseg, que salientou a inércia deste governo em relação a segurança pública do País e com as deliberações da primeira conferência. Outra reclamação, quase unânime, foi a precária divulgação do evento. Depois, houve a divisão da platéia em dois grandes grupos de trabalho para debater e propor idéias para a 2ª Conferência Nacional. Este signatário, que representava a Fenapef na condição de “observador”, porque a federação não faz parte do conselho que representa o segmento dos trabalhadores da segurança pública, defendeu mais seminários nacionais preparatórios para a segunda conferência e unir governo e iniciativa privada para bancarem juntos os custos deste importante evento.

No segundo dia, foram sistematizadas as idéias propostas pelos dois grupos. Também foi feita a eleição dos representantes da Região Sul, sendo que o “observador” da Fenapef não pode concorrer porque nossa Federação não tem assento no conselho do Conseg. Mas foi ali pleiteada também esta modificação de representação no conselho. Foi uma “eleição” onde quase ficamos alijados de eleger colegas que estão no “mesmo barco que o nosso”. Quem manda e quer continuar mandando não descansa. Está em todas, articulado e articulando. Não dá mais para ser amador e desorganizado.

Neste mês de maio tem mais em Brasília. Todas as propostas das regiões, onde acontecerão os diálogos, vão ser reunidas com os representantes eleitos. Uma nova rodada de decisões vai definida. Enfim, tudo tem dois lados, no mínimo!

Apesar da desorganização dos diálogos em Porto Alegre, cabe destacar o esforço dos representantes do MJ e da Conasp, senhores Alex Cunha e Almir dos Santos, respectivamente, além de outros integrantes. Ficou para este signatário sindicalista policial federal, usando das palavras do Conselheiro da Conseg, que este governo não dá a devida importância para a Segurança Pública do Brasil. Prova disso é que a Segurança Pública não está elencada entre as macro-prioridades do Governo Federal. Prova disso é o Ministro da Justiça que nós temos. Prova disso é a situação injusta e surreal dos EPAs. Prova disso é o nosso sindicalismo ter que trabalhar em dobro para resolver problemas que deveriam no mínimo ser divididos com o próprio Governo Federal. Prova disso é a guerra civil velada do nosso País, a cada dia mais inseguro, violento e com o seu futuro comprometido. Vamos lá, em Brasília, marcar presença mais uma vez e ajudar nas mudanças urgentes que esta Nação precisa. O sindicalismo sério é remédio para muita coisa.

 

DIRETORIA FENAPEF