Agentes da PF elogiam procurador e criticam delegados por sensacionalismo

Data: 22/05/14

 

BRASÍLIA - A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) elogiou a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pedir sigilo para a Operação Ararath e criticou delegados por suposta exploração política de investigações criminais. Formada por agentes, escrivães e papiloscopistas, a Fenapef trava uma longa queda-de-braço com a Associação Nacional dos Delegados da PF (ADPF). Na quarta-feira, a associação dos delegados divulgou nota classificando o sigilo pedido por Janot como a maior violência sofrida pela PF desde a ditadura.

 

"A Fenapef, em nome de todos os policiais federais, de todos os cargos, vêm publicamente parabenizar o exmo. Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e o exmo. ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que impediram o nocivo sensacionalismo e o uso político das operações da Polícia Federal", diz a entidade. "Esse sensacionalismo inútil acaba prejudicando a fase processual das operações, pois suspeitos são ilegalmente expostos à execração pública antes de serem processados e condenados", afirma Luís Boudens, vice-presidente da Fenapef.

 

A Operação Ararath colocou em evidência divergências entre policiais e procuradores da República sobre os rumos da investigação. Dirigentes da ADPF criticaram a decisão de Janot de pedir ao STF a decretação do sigilo da Ararath, investigação sobre o suposto envolvimento de autoridades do Mato Grosso, entre elas o governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-governador Blairo Maggi (PR), com organização acusada de desvio e lavagem de dinheiro de origem pública.

 

Em resposta aos delegados, a Associação Nacional dos Procuradores da República também divulgou nota em defesa de Janot. Para os procuradores, a Polícia Federal deveriam cumprir as ordens do STF sem reclamar.

 

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