Segurança de filha de ministro de Dilma já custou R$ 3,3 milhões aos cofres públicos

Data: 16/07/14

Relatório do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) diz que um dos principais traficantes do País planejava sequestrar uma autoridade pública e, como resgate, negociar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sua libertação de um presídio federal.

 

O alerta levou a Polícia Federal a providenciar, em 2011, escolta para a filha do ministro, Mayra Cardozo, de 22 anos, que segundo as investigações também seria um dos alvos de ataque.

 

A proteção à filha de Cardozo foi informada em resposta a recente pedido de esclarecimentos feito pela Controladoria-Geral da União. A iniciativa da CGU foi provocada por uma denúncia do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal em São Paulo, segundo o qual familiares de ministros não têm, por lei, direito a esquema de segurança financiado com recursos públicos.

 

Mayra e sua mãe foi abordado por criminosos no Morumbi. Desde então, Mayra, que vive em São Paulo, desloca-se em carro blindado, seguido por pelo menos dois policiais federais. Conforme o documento, oito policiais se revezam na assistência à filha do ministro. Entre salários e diárias, o esquema já teria custado R$ 3,3 milhões.

 

O plano de um atentado contra uma “autoridade indefinida” foi descoberto em maio de 2011, pela Coordenação-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária, vinculada ao Depen. Além de sua liberdade, o traficante, que é ligado a duas facções do crime organizado, pretendia barganhar com Cardozo a liberação de outros detidos importantes. Em agosto de 2011, o órgão recomendou a manutenção do esquema. O relatório registra que, em 2007, antes da posse de Cardozo, o traficante pretenderia atentar contra pessoas próximas ao então ministro da Justiça em represália contra sua prisão no Regime Disciplinar Diferenciado.

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