Na chegada ou na saída, qualquer passageiro que transita pelo aeroporto Gov. Jorge Teixeira, em Porto Velho, dificilmente será abordado por agentes da Polícia Federal, que em outros aeroportos, atuam até 24 horas por dia.

Desde 2010, a sala destinada pela INFRAERO à PF está desocupada, mas não vazia. Móveis, TVs e bebedouro estão a espera dos agentes.

A o espaço destinado a PF do aeroporto está vazio, mas foi uma decisão da superintendência, que alegava na época falta de efetivo para manter uma equipe no local, explicou João Bosco, diretor do sindicato da categoria, ao revelar que hoje, a situação é ainda mais precária.

De janeiro a junho deste ano, passaram pelo aeroporto da capital rondoniense 434.725 mil passageiros, 6.198 a mais que a população total da cidade, que é de 428. 527 habitantes.

Para Bosco, esses números representam um enorme buraco no combate ao tráfico de drogas, de migração de estrangeiros e importação de eletrônicos.

Aqui em Rondônia temos a necessidade urgente de um grande investimento do governo federal. Para a PF voltar a operar no aeroporto, precisamos aumentar o efetivo que hoje trabalha no seu limite humano , disse Bosco.

Em outras capitais, como em Rio Branco, capital do Acre, distante 500 km de Porto Velho, a PF não permanece 24 horas no terminal de passageiros, mas envia diariamente uma equipe para acompanhar o embarque e desembarque dos cinco voos comerciais que a cidade recebe.

Em Porto Velho, por mês, operam cerca de mil e quinhentas aeronaves, de grande, médio e pequeno porte, e nenhum desses aviões é fiscalizado pela PF.

O encarregado pela segurança operacional do terminal, Juscelino Rodrigues de Moraes, disse que a INFRAE/RO lamenta a saída da PF do aeroporto, mas que vai manter o espaço disponível para um eventual retorno.

A ausência dos agentes durante o embarque e desembarque, avalia ele.