Reflexão: Por que devo lutar? Por que não devo desistir?

Data: 21/10/14

 

 

Por que somente os agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal foram escolhidos pelo atual governo para terem os seus salários congelados? Afinal, a Constituição Federal é clara ao estabelecer a revisão geral dos salários como direito fundamental, assim como a proibição da irredutibilidade dos vencimentos, quando percebemos que nos últimos cinco anos perdemos quase a metade do sustento de nossas famílias.

 

Com quase 20 meses na atual gestão da Fenapef, a atual diretoria tem lutado em todas as inúmeras frentes possíveis, e a decisão política pela greve nesta semana surge como necessidade estratégica para estabelecimento do dissídio das perdas inflacionárias e reconhecimento dos nossos perfis profissionais de nível superior.

 

É muito fácil arranjar culpados ou motivos para não participar da greve desta semana, afinal, o recado que recebemos do atual governo é bem claro: não somos reconhecidos, sofremos uma espécie de castigo pelo nosso sonho de ajudar o Brasil, e a atual administração possui uma meta bem clara de perseguir e prejudicar os servidores que lutam pelos seus direitos.

 

Mas ainda assim... existe esperança?  Será que não é mais fácil simplesmente deixar a desmotivação tomar conta? Sem dúvidas não é difícil automatizar o nosso comportamento profissional na Polícia Federal, onde servidores são tratados como mesas velhas, e todos sabem que 98% dos recursos investidos resultarão em crimes prescritos ou inquéritos arquivados.

 

Porém, desistir significa dar o sabor de vitória para aqueles que foram condenados pela corrupção. E também significa se ajoelhar aos egoístas, mercenários e safados que nunca sentiram o que é ser policial, o que é trabalhar em equipe, independente do cargo, pois sim, sem dúvidas, existe espaço para todos crescerem no DPF, e o que não falta nesse país são corruptos, traficantes e demais criminosos para serem presos.

 

A Fenapef e Sindicatos filiados orientam que o movimento desta semana deve obedecer aos regramentos estabelecidos pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ, que todo policial federal em greve exercitará um direito de cidadania, e não estará armado. Um modelo de depósito de arma será disponibilizado, para que o grevista caracterize legalmente que não portará armas no movimento, sendo terminantemente proibida tal conduta.

 

Como tema do movimento, a Fenapef e Sindicatos filiados orientam que a criatividade e cidadania sejam a inspiração: o velório da Polícia Federal, caixões que podem ser incendiados, onde os nossos diplomas podem ser jogados, com faixas, elefantes brancos, carros de som, faixas, a confraternização dos colegas policiais e os planos estratégicos das comissões de mobilizações locais.

 

A Fenapef e Sindicatos filiados orientam que todas as atividades policiais relacionadas ao pleito eleitoral devem ser preservadas, pois as eleições são o símbolo de nossa democracia. Os percentuais já estabelecidos pelo STJ serão cumpridos, a exemplo da conduta histórica dos policiais federais, que sempre provaram sua fidelidade às instituições republicanas.

 

Os serviços de plantão, atividades emergenciais e inadiáveis, e os percentuais de 30, 50 e 70% previstos pelo STJ serão cumpridos pelos dirigentes sindicais. Isto permite a flexibilização do movimento de greve, e facilita a participação de todos, pois pode ocorrer a divisão por turnos, de tal maneira que todos possam participar sem nenhum prejuízo.

 

É muito fácil criticar e julgar os dirigentes que ficam longe das suas famílias e até adoecem devido ao estresse e perseguições covardes. Confie em quem luta por você. Sua presença é fundamental, e reiteramos que os percentuais estabelecidos pelo STJ permitem a flexibilização do movimento de greve, e favorecem a participação de todos.

 

Venha, seja solidário, tenha esperança. Seja guerreiro. Você é um policial federal.

 

 

QUEREMOS JUSTIÇA! PARTICIPE!

 

 

 

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