Policiais federais protestam e param as atividades por dois dias em Goiás

Data: 21/10/14

Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal de Goiás vão fazer uma manifestação, na noite desta terça-feira (21), contra a edição da Medida Provisória 657/2014, que cria a carreira jurídica dos delegados. O protesto será em frente à superintendência do órgão em Goiânia. Conforme a categoria, eles vão parar as atividades na quarta (22) e quinta-feira (23).

A assessoria de comunicação do Departamento da Polícia Federal informou ao G1 que não vai se pronunciar sobre a greve da categoria.

Os policiais de Goiás decidiram aderir ao ato nacional em assembleia na segunda-feira (20). A categoria vai respeitar o mínimo de 30% de servidores trabalhando durante a paralisação.

Reivindicações


De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Goiás (Sindep-GO), Adair Ferreira dos Santos, a medida provisória, aprovada no último dia 14,  coloca os delegados na condição de “policiais e juristas”, os “privilegia”. “Coloca todos os demais integrantes numa condição de meros auxiliares, enquanto nós queremos nosso papel dentro do modelo de investigação. A medida concentra todos os poderes na mão do delegado”, reclama Adair.

Os servidores dizem ainda que a aprovação da medida é uma quebra de acordo por parte do governo federal com os agentes, escrivães e papiloscopistas. “O Ministério do Planejamento garantiu que nenhuma lei ou medida provisória seria publicada antes dos 150 dias das negociações e isso não foi respeitado”, disse.

Procurado pelo G1, o Ministério do Planejamento informou, por telefone, que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Segundo o presidente do sindicato, a Polícia Federal “vive um momento de crise” e a medida agrava essa situação. “A Polícia Federal vai ter que passar por uma transformação muito grande para que volte a ser o que a população conhecia. A desmotivação é enorme e o governo atua para acentuar e não para solucionar”, reclama Adair.

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