Eleição vai pautar reivindicações

Data: 27/10/14

Os resultados das eleições para governador do Rio e presidente da República hoje vão direcionar o plano de lutas dos servidores estaduais e federais para o próximo ano. Em novembro, a maior parte das categorias se reúne para definir reivindicações, com base no projeto de governo dos candidatos eleitos. Segundo os sindicatos, a pressão para atender à pauta começará antes mesmo de os eleitos tomarem posse, em janeiro.

No que se refere à Segurança Pública, a continuidade dos governos é bem vista. Para André Vaz de Mello, presidente do sindicato que representa os policiais federais no Rio (SSDPF/RJ), a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) garantiria o que já foi definido nos grupos de trabalho em Brasília.

“Ela já sabe o que tem que fazer. Tecnicamente, está resolvido, falta só vontade política. O PSDB não representa toda a corporação. O partido tem um histórico de ouvir apenas os delegados. Então, caso o Aécio Neves seja eleito, precisaríamos abrir ainda um canal de discussão”, avalia o sindicalista.

Já Fernando Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (Sinpol), afirma que as pautas já foram entregues aos dois candidatos: Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB). “O principal item, que é a gratificação da Delegacia Legal, já foi atendido pelo atual governador, mas será pago em cinco parcelas anuais. Queremos reduzir para duas. Se houver oportunidade, vamos nos reunir com o candidato eleito até o fim do ano”, explica.

O Andes, sindicato que representa os docentes das universidades federais, informou que vai definir as reivindicações para o próximo ano no Seminário Nacional dos Servidores Públicos Federais, que ocorre entre os dias 14 e 16 de novembro, em Brasília. A ideia é definir os itens de acordo com os projetos do presidente eleito para o Ensino Superior.

Já o Sepe, que representa os profissionais da Educação no Rio, já entregou a Crivella a pauta de reivindicações, que inclui o fim das políticas meritocráticas e a reposição salarial dos últimos 12 anos. Segundo o sindicato, o Pezão não conseguiu horário na agenda para receber os representantes.

“Nossa preocupação é que o vencedor se comprometa com a categoria. Estamos saturados de promessas que não são cumpridas”, disse Marta Moraes, coordenadora do Sepe.

Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze explicou que a entidade tentará marcar encontro com o governador eleito o mais breve possível. “Ainda falta muito para a posse e alguns assuntos, como a proposta orçamentária, devem ser discutidos com urgência. Caso o governador se recuse a conversar, nossa resposta será a luta unificada”, afirmou.

Os servidores da saúde federal, por sua vez, lutam contra privatização das unidades e melhoria das condições de trabalho. A categoria vai se reunir no mês que vem para decidir como reivindicar essas questões ao novo governo.

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