“…Em nome da Lei ! Que Lei…?” - Por: Waldemar Gonçalves – Russo

Data: 14/04/15

Venho acompanhando desde o início a movimentação em torno deste filme que está sendo rodado em Dourados e que tem como tema, a suposta parte -ou inteira- da vida de atuação do juiz federal Odilon de Oliveira, que sem tirar seus méritos, entrou para a história do Mato Grosso do Sul, mais precisamente na região de fronteira, aonde grupos ligados ao narcotráficos e ao contrabandos sempre predominaram e construíram fortunas em dólares e em todos os sentidos, em especial ao de mandar matar seus desafetos diretos ou quem se atrevesse a entrar na concorrência com eles foram parar atrás das grades por decisão dele.


Voltando a dizer que não quero aqui tirar os méritos das atuações do magistrado Odilon de Oliveira, pessoa na qual tive o prazer de estar com ela juntamente com vários colegas de imprensa em uma força tarefa envolvendo policiais do SENAD (Secretaria Nacional Anti-drogas) do Paraguai e Polícia Federal durante a operação “Alianza 11″ que foi deflagrada em pleno território paraguaio no início da década de 2.000 cujo objetivo visava localizar e destruir plantios de maconha nos morros das fazendas do país vizinho, entendo que por trás destas grandes atuações dele, ou seria “canetadas nos poderosos da fronteira” antes disso, aconteceu um amplo trabalho de investigação dos agentes federais; um árduo trabalho de montagem dos processos feitos pelos escrivães e delegados federais e por fim, as denúncias endereçadas ao Poder Judiciário por parte dos procuradores da República.


Baseado nisso, entendo que este filme intitulado “Em nome da Lei” que se estiver vivo até a data de seu lançamento marcado para o início do ano, estarei com certeza assistindo, mais uma vez vai mandar o nome da nossa região, do nosso Estado para os “quintos dos infernos” como outros que aqui foram rodados, assim como os noticiários da grande imprensa nacional que só se atentam que a região da Grande Dourados; Cone Sul e principalmente as nossas fronteiras, como se assim fossem, terras sem-lei comandadas e abrigadas por sua maioria por grupos de bandidos; narcotraficantes; contrabandistas entre outros malfeitores, o que não é verdade.


É muito raro a grande mídia, em especial a TV Globo que hoje tem como afiliada a TV Morena, mostrar ao resto do nosso País, o quanto o MS é um Estado possuidor de uma extensa área produtiva, e o que é melhor, com uma miscigenação de raças de fazer inveja a muitos outros Estados deste país, que hoje lamentavelmente, está passando por uma fase epidêmica de corrupção que envolve muitos políticos; empreiteiros; empresários entre outros safados, que o diga essas operações tipo a do Lava Ajato; a mais recém na Receita Federal e DPVAT entre outras que estão surgindo e sendo desencadeada pelos nossos valorosos agentes e delegados federais e claro, com os acusados sendo denunciados pelos Procuradores Federais, todos esses sim assim como os juízes federais como o próprio Odilon de Oliveira; Sérgio Moro entre outros, também merecedores de elogios por seus empenhos em nome da Lei, lei, que Lei neste país chamado Brasil, se aonde denuncia-se os malfeitores e criminosos que arrombam os cofres públicos para levar o dinheiro da saúde; da educação; da Petrobrás entre outros que poderia beneficiar o povo; posteriormente em sua maioria, são beneficiados por decisões de nossos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para que cumpram suas “condenações” em prisões domiciliares após manobras jurídicas.


Finalizando; que venha o filme “Em nome da Lei” mas que venha mesmo em forma de Lei e não simplesmente para denegrir uma região do País que tem sim lá seus problemas por ser ligada a fronteira seca com dois países (Paraguai e Bolívia), que assim como no nosso Brasil, tem em sua minoria, pessoas que ficaram -ou estão- milionárias, por serem produtoras de drogas que somente servem para destruir milhares e milhares de famílias em todo o mundo, em especial a nossa juventude. Depois dessa, parei e fui, mas volto, se volto…!


*Waldemar Gonçalves, o Russo foi jornalista por quase duas décadas na área policial e é filiado ao SINJORGRAN (Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados

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