Polícia Federal vai periciar vídeo que causou prisão de cunhada de Vaccari

Data: 23/04/15

Marice diz que a pessoa filmada realizando depósitos é Giselda, sua irmã que é casada com Vaccari

Ontem (21), Moro prorrogou a prisão temporária de Marice, com base, entre outras provas, em imagens de câmeras de segurança fornecidas pelo Banco Itaú, em São Paulo, a pedido do Ministério Público. Segundo o órgão, as gravações mostram Marice fazendo depósitos em um caixa eletrônico em nome de Giselda Rousie de Lima, irmã dela e casada com Vaccari. As transferências foram realizadas nos dias 2 e 6 de março.


Após a divulgação do vídeo, a defesa de Marice informou que a pessoa filmada realizando os depósitos é Giselda. Segundo a defesa, as irmãs são muito parecidas fisicamente. Embora a prisão não tenha sido decretada somente com base nas imagens, Moro pediu que a identidade da pessoa filmada seja esclarecida.
Na decisão em que decretou a prisão, o juiz afirmou que as imagens não deixavam dúvidas de que se trata da cunhada de Vaccari.

"Conforme fotos que o MPF apresentou em juízo, a semelhança de fato é notável, o que levou este Juízo a afirmar que seria a mesma pessoa. Posteriormente, o defensor de Marice alegou que a referida pessoa seria a própria Giselda, já que seriam muito parecidas. Se assim for, há uma alteração das premissas que levaram o MPF a requerer a preventiva. É certo que, em parte, envolve apenas uma possível transferência de responsabilidade pelo suposto ilícito, mas para Marice a questão é bastante relevante", disse Moro.

Em uma petição enviada ao juiz, os procuradores informaram que a Polícia Federal realizará perícia nos vídeos para comprovar a identidade da pessoa que aparece nas imagens.


"Considerando a semelhança física entre a investigada Marice e sua irmã, Giselda, o MPF foi informado que a Superintendência da Polícia Federal no Paraná realizará perícia audiovisual nos vídeos e imagens que fundamentaram o pedido de conversão de temporária em preventiva", informaram os procuradores.


De acordo com as investigações, Marice recebeu dinheiro do doleiro Alberto Youssef, a pedido de empreiteiras, para que fosse entregue ao PT.  Ela também é suspeita de ter renda e patrimônio incompatíveis com seus ganhos. Segundo o inquérito, em 2013 ela comprou um apartamento por R$ 200 mil, desistiu da compra e vendeu o imóvel para a OAS por R$ 400 mil. A Justiça suspeita de fraude na operação.

OUTRAS NOTÍCIAS

Levantamento alerta para direitos do servidor público estudante

1ª Turma mantém júri do caso Villela

Agente da PF ganha direito de remoção após ser vítima de assédio

Texto da reforma da Previdência é aprovado na CCJ