Ciclo Completo de Polícia é tema de discussão na Câmara dos Deputados

Data: 27/05/15

    

 

A Federação Nacional de Policiais Federais participou, ontem (26), do Seminário Internacional de Segurança Pública, que debateu a proposta de ciclo completo de polícia, que permite que não só as polícias civis, mas também as polícias militares e a polícia rodoviária federal façam o registro de ocorrência de crimes e investiguem os chamados “delitos de rua” e os de menor potencial ofensivo. Foram ouvidos gestores e especialistas de Segurança Pública do Brasil, Chile e Portugal, além de entidades representativas da sociedade civil.

 

O deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), idealizador do evento, explicou que a ideia é aumentar o efetivo de profissionais de segurança pública para apurar os crimes que são pouco investigados atualmente.

 

O representante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirmou que hoje existe um “ciclo incompleto” nas polícias, que “é uma grande evidência da falência do modelo de segurança público brasileiro”. O Presidente da Casa, Eduardo Cunha, destacou a necessidade de aperfeiçoamento do modelo atual de polícia e afirmou que uma das possibilidades seria o modelo de ciclo completo. O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, também defendeu um novo modelo de segurança pública.

 

Na mesa de debate, o vice-presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens falou sobre o atual modelo de persecução criminal: “É impossível termos duas estruturas de polícia, uma militarizada outra desmilitarizada, uma fazendo o trabalho preventivo-ostensivo tendo contato com o cidadão e outra afastada esperando que o trabalho chegue até ela”.

 

Além disso, Boudens comentou sobre o alto índice de insatisfação dos policiais federais com o atual modelo de segurança pública. Uma pesquisa realizada pela Fenapef, apontou que 30% dos Policiais Federais fazem tratamento psicólogo ou psiquiátrico.  “Dentro desses 30% vem um número alarmante, 38 mortes de policiais, 17 por suicídio”, disse Boudens. Ele também defendeu a porta única de entrada: “Nós temos que humanizar as relações internas, por isso nós defendemos a porta única de entrada, que propicia ao policial crescer em sua carreira, na linha que ele desejar seguir”, finaliza.

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