Nota Pública sobre detenção de uruguaio por Agentes Federais no Aeroporto do Galeão
Data: 17/06/15
A Federação Nacional dos Policiais Federais entidade de classe de âmbito nacional e legítima representante dos Policiais Federais brasileiros, vem a público se manifestar a respeito do episódio divulgado em jornais de grande circulação e que envolveram a detenção do Uruguaio Gerardo Caetano.
Segundo informações obtidas pela Agência de Notícias Fenapef, o mencionado estrangeiro foi detido no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro por ser recusar a desembarcar e submeter-se ao procedimento de imigração conforme lhe impunha a companhia aérea transportadora, já que devido ao mau tempo em São Paulo, o avião foi obrigado a fazer escala não prevista no Rio de Janeiro.
A recusa por parte do estrangeiro e seu comportamento desrespeitoso em relação aos Agentes Federais plantonistas e funcionários da Cia Aérea Ibéria, culminaram com a lavratura do TCO nº 06/2015 em seu desfavor, procedimento previsto na legislação brasileira nos crimes de menor potencial ofensivo como o de desacato.
Segundo documento enviado à PF pelo Gerente da Cia Ibéria, ao qual a Fenapef teve acesso, nem ele, nem seus funcionários que acompanharam o desembarque do voo e o procedimento envolvendo o passageiro presenciaram qualquer agressão contra o mesmo.
Diante dos fatos documentados nos autos do Termo, e tendo em conta o ambiente aeroportuário totalmente monitorado por câmeras, não há qualquer indício que aponte para má conduta profissional por parte dos policiais.
Desta feita, e até que se prove o contrário, a Federação Nacional dos Policiais Federais reafirma sua confiança no trabalho sério e profissional desenvolvido pelos Agentes Federais do Galeão, não obstante as inúmeras dificuldades estruturais encontradas por estes no seu dia a dia.
A Fenapef repudia, ainda, toda e qualquer tentativa de interferência política nas apurações em andamento sobre as supostas acusações de agressão conta o estrangeiro, bem como repudia a açodada atitude do Governo Brasileiro, que, sem sequer ouvir seus Agentes, apressou-se em formular um pedido público de desculpas, a cerca de algo que sequer foi apurado.
Ademais, apurar “com rigor” não é favor ou benesse, mas sim obrigação da Administração Pública.
Entenda o caso:
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