Fenapef apura fato inusitado ocorrido na Polícia Federal no Estado de Roraima

Data: 05/10/15

A Diretoria da Federação Nacional dos Policiais Federais tomou conhecimento de um fato considerado no mínimo inusitado que teria ocorrido na Superintendência Regional da Polícia Federal do Estado de Roraima, que foi noticiado em jornal local.


Uma embalagem de chocolate na sala de um delegado de Polícia Federal teria sido apreendida, com a suspeita de que uma funcionária terceirizada teria comido o doce sem autorização do dono.

 

Com imagens de uma câmera de segurança instalada em seu gabinete, o delegado teria confirmado que a funcionária da limpeza comeu o chocolate. A moça assumiu o erro. A partir daí a equipe de sobreaviso teria sido foi chamada e para lavrar o flagrante.

 

Segundo informações apuradas pela Comunicação da Fenapef, ao contrário do que está sendo noticiado, não foi instaurado inquérito/flagrante para averiguar o caso. Para o G1, a Comunicação Social da PF informou que foi feita uma “notícia crime” e que a mulher foi demitida.

 

A zeladora afirmou ao G1 que estava limpando a sala dele e tinha uma caixinha cheia de bombons sobre a mesa. “Peguei um e pensei comigo mesma: depois falo para ele, porque não vai `fazer questão` de um bombom. Comi o chocolate na sala. Terminei a limpeza e saí. Não sei porque comi. Não tenho o costume de pegar `coisas` dos outros, nunca mexi em nada. Não é porque uma pessoa é de uma família pobre que ela vai sair pegando as coisas dos outros ", relata.


O Vice-presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, afirma que o interesse da entidade é preservar o nome Polícia Federal, que não pode ter sua máquina utilizada para “investigar” questões pessoais.

 

Para o G1, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RR) Jorge Fraxe, a ação do corregedor do corregedor foi `desproporcional` e pode ser classificada como abuso de poder. Para ele, o delegado errou em usar a estrutura da Polícia Federal para `resolver um problema pessoal`.

 

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