Sinpef/ES entrevista o presidente eleito da Fenapef
Data: 07/01/16
A nova Diretoria Executiva da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), eleita em dezembro de 2015, iniciou suas atividades desde o dia 01 de janeiro. Eleita com 3.192 votos válidos, a Chapa 2 – União e Luta ficará à frente da Federação até 2018. Com a posse oficial marcada para fevereiro, o presidente Luís Antônio de Araújo Boudens antecipa em entrevista exclusiva alguns pontos cruciais da sua gestão.
Agente Especial da Polícia Federal, Boudens exerceu atividades de inteligência na Polícia Federal durante 14 anos e se especializou em investigações de inteligência financeira. Graduado em Engenharia Química e Direito, com Pós-graduação em Direito Público e especialização em Segurança Pública, iniciou no sindicalismo em 2010, sendo eleito vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Minas Gerais (2010-2012) e, posteriormente, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais em 2013.
Nessa gestão, contará com o apoio do presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Espírito Santo (Sinpef-ES), Marcus Firme dos Reis, que assumiu a função de diretor Parlamentar. “Nessa função, meu papel será acompanhar o processo legislativo e os projetos de interesse dos policiais federais no Congresso Nacional”, explica Firme.
ENTREVISTA
- O senhor assume a presidência da Fenapef com uma diretoria renovada. Que legado essa diretoria pretende deixar à frente da Fenapef?
Boudens – A Diretoria Executiva da Fenapef foi renovada em cerca de metade dos seus diretores. O legado que pretendemos deixar é praticamente a continuidade e a colheita dos frutos deixados pela Diretoria atual, comandada pelo Presidente Jones Borges Leal. Foi um período de luta e de dedicação aos policiais federais representados pela entidade. Sobrevivemos a inúmeras turbulências e desafios durante a nossa gestão e sempre atuamos com sobriedade e maturidade, sem desvirtuar os nossos ideais de luta e sem perder o principal objetivo, que é a valorização do policial federal, da figura humana do servidor da Polícia Federal.
- Quais serão as principais bandeiras e lutas da Federação nos próximos três anos?
Boudens – Nossa principal bandeira continua sendo a reestruturação da carreira policial federal, com a perspectiva de valorização do policial federal no âmbito funcional e salarial. Os primeiros passos já foram dados pelas vias política e judicial, o que nos permite buscar apoio de congressistas com mais direcionamento e alinhamento de discurso do que antes. Hoje somos propositivos no parlamento brasileiro, somos reconhecidos pela nossa bandeira da união dos cargos e busca incessante por uma Lei com nossas atribuições específicas, complexas e de responsabilidade adequadas ao nível superior dos cargos policiais da carreira.
- E quais os principais desafios?
Boudens – Temos inúmeros desafios pela frente. O primeiro deles é enfrentar o paradoxo de sermos uma instituição respeitada aos olhos dos brasileiros, mas internamente padecermos com uma interminável burocracia, em uma gestão que segrega cargos, com altos números de evasão, licenças médicas (para tratamento psicológico) e até suicídios. Outros grandes desafios, não menores, são o convencimento e engajamento do Ministério da Justiça e a manutenção da união dos policiais federais em torno dos nossos projetos.
- Estão caminhando no Congresso Nacional alguns projetos de lei importantes para a categoria, como as que tratam de Carreira Única e desmilitarização e unificação das polícias dos estados e do Distrito Federal. Como será a atuação da Fenapef nesse âmbito?
Boudens – Temos hoje uma posição de destaque nas discussões nacionais sobre mudanças dos rumos da segurança pública no País. Com o apoio dos Deputados Federais Aluísio Mendes (PMB/MA) e Eduardo Bolsonaro (PSC/SP), que também são policiais federais, o nosso trabalho ganha em força e qualidade. Temos atualmente quase uma dezena de projetos genuinamente construídos pela Fenapef e é nosso papel colocá-los em discussão e defendê-los até que haja sensibilidade política para aprovação. Todos esses projetos envolvem reestruturação da carreira policial federal e do modelo de investigação criminal no Brasil.
- A segurança pública também é um tema de grande relevância, não só para a categoria, mas para todo o País. Como será o posicionamento da Fenapef para conseguir avanços nessa área?
Boudens – A união de várias representações de trabalhadores da segurança pública tem sido o caminho mais efetivo. No Congresso Nacional já é perceptível o resultado prático dessa união, que teve início nas discussões sobre o conceito de autoridade policial e a autoria do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e hoje avança para as questões maiores como o Ciclo Completo de Polícia, a desmilitarização e a porta única de entrada (carreira única) para todas as polícias. Um grande exemplo dessa união foi o surgimento da Ordem dos Policiais do Brasil (OPB), que teve grande participação dos policiais federais em sua origem e hoje é uma entidade parceira da Fenapef, que congrega policiais e operadores da segurança pública de todo o País. A polícia é parte da estrutura da segurança pública, não é o seu todo.
São os policiais, civis, federais, militares e rodoviários federais, além dos policiais legislativos e guardas municipais, que estão cumprindo o seu papel enquanto cidadãos de reconhecer as suas deficiências e falhas no sistema e propor as mudanças que entendem suficientes para iniciar uma revolução no combate à criminalidade no País.
CONHEÇA A DIRETORIA EXECUTIVA ELEITA:
Presidente: Luís Antônio de Araújo Boudens (MG)
Vice-presidente: Flávio Werneck Meneguelli (DF)
Secretário-Geral: Francisco Lião Carneiro Neto (BA)
Diretor Financeiro: Cristovão Luiz de Oliveira Silva (BA)
Diretor Jurídico: Adair Ferreira dos Santos (GO)
Diretor Parlamentar: Marcus Firme dos Reis (ES)
Diretor de Comunicação: Magne Cristine Cabral da Silva (PE)
Diretor de Estratégia Sindical: Júlio César Nunes dos Santos (RS)
Diretor de Relações do Trabalho: Jorge Luiz Ribeiro Caldas Da Silva (MS)
Diretor de Seguridade Social: Francisco Sérgio Bezerra Pinheiro (RN)
Diretores Adjuntos:
Luiz Carlos Cavalcante (RJ)
Fernando Augusto Vicentine (PR)
José Cláudio Camelo Timbó (CE)
Francisco Torres de Moraes Filho (PB)
Jorge Antônio da Silva (RO)
Agente Especial da Polícia Federal, Boudens exerceu atividades de inteligência na Polícia Federal durante 14 anos e se especializou em investigações de inteligência financeira. Graduado em Engenharia Química e Direito, com Pós-graduação em Direito Público e especialização em Segurança Pública, iniciou no sindicalismo em 2010, sendo eleito vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Minas Gerais (2010-2012) e, posteriormente, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais em 2013.
Nessa gestão, contará com o apoio do presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Espírito Santo (Sinpef-ES), Marcus Firme dos Reis, que assumiu a função de diretor Parlamentar. “Nessa função, meu papel será acompanhar o processo legislativo e os projetos de interesse dos policiais federais no Congresso Nacional”, explica Firme.
ENTREVISTA
- O senhor assume a presidência da Fenapef com uma diretoria renovada. Que legado essa diretoria pretende deixar à frente da Fenapef?
Boudens – A Diretoria Executiva da Fenapef foi renovada em cerca de metade dos seus diretores. O legado que pretendemos deixar é praticamente a continuidade e a colheita dos frutos deixados pela Diretoria atual, comandada pelo Presidente Jones Borges Leal. Foi um período de luta e de dedicação aos policiais federais representados pela entidade. Sobrevivemos a inúmeras turbulências e desafios durante a nossa gestão e sempre atuamos com sobriedade e maturidade, sem desvirtuar os nossos ideais de luta e sem perder o principal objetivo, que é a valorização do policial federal, da figura humana do servidor da Polícia Federal.
- Quais serão as principais bandeiras e lutas da Federação nos próximos três anos?
Boudens – Nossa principal bandeira continua sendo a reestruturação da carreira policial federal, com a perspectiva de valorização do policial federal no âmbito funcional e salarial. Os primeiros passos já foram dados pelas vias política e judicial, o que nos permite buscar apoio de congressistas com mais direcionamento e alinhamento de discurso do que antes. Hoje somos propositivos no parlamento brasileiro, somos reconhecidos pela nossa bandeira da união dos cargos e busca incessante por uma Lei com nossas atribuições específicas, complexas e de responsabilidade adequadas ao nível superior dos cargos policiais da carreira.
- E quais os principais desafios?
Boudens – Temos inúmeros desafios pela frente. O primeiro deles é enfrentar o paradoxo de sermos uma instituição respeitada aos olhos dos brasileiros, mas internamente padecermos com uma interminável burocracia, em uma gestão que segrega cargos, com altos números de evasão, licenças médicas (para tratamento psicológico) e até suicídios. Outros grandes desafios, não menores, são o convencimento e engajamento do Ministério da Justiça e a manutenção da união dos policiais federais em torno dos nossos projetos.
- Estão caminhando no Congresso Nacional alguns projetos de lei importantes para a categoria, como as que tratam de Carreira Única e desmilitarização e unificação das polícias dos estados e do Distrito Federal. Como será a atuação da Fenapef nesse âmbito?
Boudens – Temos hoje uma posição de destaque nas discussões nacionais sobre mudanças dos rumos da segurança pública no País. Com o apoio dos Deputados Federais Aluísio Mendes (PMB/MA) e Eduardo Bolsonaro (PSC/SP), que também são policiais federais, o nosso trabalho ganha em força e qualidade. Temos atualmente quase uma dezena de projetos genuinamente construídos pela Fenapef e é nosso papel colocá-los em discussão e defendê-los até que haja sensibilidade política para aprovação. Todos esses projetos envolvem reestruturação da carreira policial federal e do modelo de investigação criminal no Brasil.
- A segurança pública também é um tema de grande relevância, não só para a categoria, mas para todo o País. Como será o posicionamento da Fenapef para conseguir avanços nessa área?
Boudens – A união de várias representações de trabalhadores da segurança pública tem sido o caminho mais efetivo. No Congresso Nacional já é perceptível o resultado prático dessa união, que teve início nas discussões sobre o conceito de autoridade policial e a autoria do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e hoje avança para as questões maiores como o Ciclo Completo de Polícia, a desmilitarização e a porta única de entrada (carreira única) para todas as polícias. Um grande exemplo dessa união foi o surgimento da Ordem dos Policiais do Brasil (OPB), que teve grande participação dos policiais federais em sua origem e hoje é uma entidade parceira da Fenapef, que congrega policiais e operadores da segurança pública de todo o País. A polícia é parte da estrutura da segurança pública, não é o seu todo.
São os policiais, civis, federais, militares e rodoviários federais, além dos policiais legislativos e guardas municipais, que estão cumprindo o seu papel enquanto cidadãos de reconhecer as suas deficiências e falhas no sistema e propor as mudanças que entendem suficientes para iniciar uma revolução no combate à criminalidade no País.
CONHEÇA A DIRETORIA EXECUTIVA ELEITA:
Presidente: Luís Antônio de Araújo Boudens (MG)
Vice-presidente: Flávio Werneck Meneguelli (DF)
Secretário-Geral: Francisco Lião Carneiro Neto (BA)
Diretor Financeiro: Cristovão Luiz de Oliveira Silva (BA)
Diretor Jurídico: Adair Ferreira dos Santos (GO)
Diretor Parlamentar: Marcus Firme dos Reis (ES)
Diretor de Comunicação: Magne Cristine Cabral da Silva (PE)
Diretor de Estratégia Sindical: Júlio César Nunes dos Santos (RS)
Diretor de Relações do Trabalho: Jorge Luiz Ribeiro Caldas Da Silva (MS)
Diretor de Seguridade Social: Francisco Sérgio Bezerra Pinheiro (RN)
Diretores Adjuntos:
Luiz Carlos Cavalcante (RJ)
Fernando Augusto Vicentine (PR)
José Cláudio Camelo Timbó (CE)
Francisco Torres de Moraes Filho (PB)
Jorge Antônio da Silva (RO)