Polícia Federal prende suspeitos de lotear terras da União em Marabá, PA

Data: 18/02/16

Quatorze pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (17) suspeitas de integrar uma organização criminosa disfarçada de movimento social em Marabá, no sudeste do Pará. A ação faz parte da "Operação Piçarreiras", Polícia Federal, que desarticulou uma quadrilha que promovia invasões de lotes de terras da União, localizados próximos ao aeroporto da cidade desde 2011.

Ao todo, 60 policiais federais divididos em 12 equipes cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, cinco de temporária, quatro conduções coercitivas e sete mandados de busca e apreensão. O nome da operação é baseado na denominação da área invadida, conhecida como Piçarreiras.

A PF investiga os crimes de estelionato, associação criminosa, crime de dano e invasão de terras públicas com finalidade de loteamento. Se condenados, os suspeitos podem pegar penas que ultrapassam 20 anos de prisão.

Esquema

De acordo com a Polícia Federal, os investigados fundaram "associações" onde arrecadavam dinheiro de pessoas humildes e ocupavam as terras. Ao invés de distribuir terrenos para todas as pessoas carentes, eles ficavam com os melhores, promovendo intensa comercialização. Alguns terrenos chegaram a ser negociados por até R$ 70 mil.

Nas terras, os policiais federais encontraram construções de alto padrão, sendo que os projetos apresentados pelas “associações” eram para obras de casas populares, em pequenos lotes. Os chefes da organização criminosa usavam as pessoas carentes para conseguir as melhores terras e lucros para os integrantes da organização.

Segundo as investigações, os líderes do movimento e integrantes da associação criminosa faziam gestões junto à diversas entidades como a Superintendência de Patrimônio Público da União, Superintendência de Desenvolvimento Urbano de Marabá, Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal.

Entre as ações do grupo, os criminosos instigaram os associados a quebrar os muros do aeroporto, provocando prejuízos de cerca de R$ 4 milhões, além de colocar em risco o perímetro de proteção de pousos e decolagens, segundo a Infraero.

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