Ação da Polícia Federal desarticula grupos de contrabando na fronteira com a ArgentinaAção da Polícia Federal desarticula grupos de contrabando na fronteira com a Argentina

Data: 13/12/16

Agentes da Polícia Federal (PF) fazem operação na região de Dionísio Cerqueira para desarticular grupos criminosos ligados ao contrabando e ao descaminho na fronteira com a Argentina. As quadrilhas eram especializados na introdução clandestina, em território nacional, de diversos produtos de origem estrangeira, sem o devido processo de importação. As cargas eram principalmente de camarão, alpiste, vinho, desodorante, produtos de perfumaria, dentre outros.

Os produtos eram introduzidos em território nacional através de passagens clandestinas existentes na fronteira seca entre Brasil e Argentina. Especialmente no caso do camarão, o produto era transportado muitas vezes em veículos sem refrigeração até o Litoral de Santa Catarina e do Paraná, chegando ao destino em condições impróprias para o consumo e gerando riscos à saúde.

A investigação transcorreu durante aproximadamente 100 dias, período em que foram apreendidos diversos produtos:

25 toneladas de camarão; 14 toneladas de alpiste; 18 mil frascos de desodorante; 5 mil garrafas de vinho; 140 mil reais em espécie; 135 mil pesos argentinos em espécie; 17 automóveis; 6 caminhões usados para levar produtos ilícitos.

Caixas de vinho recolhidas pela PF durante a operação

O valor total das mercadorias apreendidas é de aproximadamente R$ 2 milhões, sem considerar o valor dos veículos apreendidos. Para se ter uma ideia do lucro gerado pelo contrabando, apenas um dos investigados, que não possui fonte de renda formal, foi responsável por movimentar R$ 10 milhões em apenas dois anos. A movimentação ocorreu através de contas pessoais e de "laranjas". No curso da investigação também foram realizadas 15 prisões em flagrante e instaurados 23 inquéritos.

Na fase ostensiva da operação foram utilizados 100 policiais. Os agentes cumpriram 23 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de condução coercitiva, além do sequestro de veículos, nas cidades catarinenses de Dionísio Cerqueira, São José, Joinville e Florianópolis; nos municípios paranaenses de Barracão, Toledo, Francisco Beltrão, Marmeleiro e Guaratuba.

Além disso, serão impostas pelo juízo federal medidas cautelares diversas da prisão, como fianças de até R$ 100 mil e uso de tornozeleiras eletrônicas. Os envolvidos deverão ser  indiciados por contrabando, descaminho, associação criminosa, falsidade ideológica e crime contra a Ordem Tributária. As penas máximas, somadas, podem chegar ao patamar de 22 anos de reclusão, além da investigação por lavagem de capitais, cuja pena máxima é de 10 anos de prisão.

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