Agentes da PF se infiltraram em grupos de WhatsApp e Telegram de célula terrorista no Brasil

Data: 21/07/16

O ministro da Justiça Alexandre de Moraes deu coletiva sobre a operação da PF Foto: ANDRE COELHO / Agência O Globo O ministro da Justiça Alexandre de Moraes deu coletiva sobre a operação da PF Foto: Andre Coelho / Agência O Globo

Agentes da Polícia Federal se infiltraram em grupos de WhatsApp e Telegram usados pela célula do Estado Islâmico desarticulada pela operação Hashtag, deflagrada na manhã desta quinta-feira. Foi desta maneira que os policiais tiveram acesso às mensagens do grupo. Pelos aplicativos, os integrantes comemoravam atentados terroristas e se preparavam para ações durante a Olimpíada.

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, foi questionado sobre como foi possível monitorar as conversas do grupo por meio do WhatsApp, na medida em que o aplicativo usa criptografia para inviabilizar o acesso às mensagens dos usuários. Na última terça-feira, a Justiça do Rio determinou o bloqueio do WhatsApp justamente por conta da recusa da empresa em cumprir determinação judicial. O ministro se recusou a responder como a investigação foi feita.

— Várias mensagens mostram a degradação dessas pessoas, comemorando o atentado em Orlando e em Nice, comentando o atentado anterior que ocorreu na França, postando e circulando entre eles as execuções que foram realizadas pelo Estado Islâmico — informou o ministro.

Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária pela Justiça Federal do Paraná. Segundo nota do juízo da 14ª Vara Federal de Curitiba, informações obtidas a partir da quebra de sigilo telefônico dos integrantes “revelaram indícios de que os investigados preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, bem como o uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos”.

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