A previsão é que a Polícia Federal conte com R$ 6 bilhões para todo o ano de 2017, sendo R$ 4,7 bilhões para gastos com pessoal e R$ 1 bilhão para custeio. Dentro desta seara estão incluídos os custos com “operações de prevenção e repressão ao tráfico de drogas e a crimes praticados contra a União e a manutenção do Sistema de Emissão de Passaportes”. Ou seja, com menos investimento, cortam-se passagens aéreas para agentes, combustível para viaturas, manutenção de aeronaves, diárias e muito mais; impossibilitando a realização de mega-operações.
De acordo com notícia publicada pelo Jornal O Estado de São Paulo, a equipe da Lava Jato, em Curitiba, era composta 60 policiais – entre delegados, agentes e peritos. Hoje, não passa de 40 e sem atuação exclusiva. Só naquela cidade são cerca de 180 inquéritos da Operação em andamento.
A redução no orçamento decorre do corte geral dos gastos da União mas representar também interferência do Governo para tentar impedir os avanços das investigações. Segundo Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (SINDIPOL/DF), o contingenciamento financeiro do Departamento de Polícia Federal afeta a efetividade de todas as operações. “A troca de chefias em investigações ocorre rotineiramente.
O mais grave do contingenciamento é a diminuição do número de investigadores por falta de recursos. Consequentemente, a capacidade de coleta de provas técnico científicas diminui. Ou seja, as provas de quem cometeu o crime e como cometeu esse delito”, explica.
O SINDIPOL/DF defende que seja dado aos Policiais Federais condições reais para que as investigações sejam mais eficientes: técnicas e científicas. Tais mudanças não serão possíveis enquanto o Governo não investir no trabalho dos policiais. Fonte: Sindipol/DF