Ex-funcionário do RH da prefeitura de Urânia é preso pela Polícia Federal

Data: 05/04/17

Segundo a PF, ele é suspeito de ter participado de esquema de corrupção que desviou R$ 300 mil. Advogado dos suspeitos disse que não irá comentar o caso

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (4) mais um suspeito de participação no esquema de corrupção, que pode ter desviado R$ 300 mil da prefeitura de Urânia (SP). Um ex-funcionário do RH foi preso na casa dele. De acordo com as investigações da Polícia Federal, ele é um dos 12 servidores que podem ter sido beneficiados com dinheiro de verbas federais enviadas ao município no fim do ano passado. Esta já é a quinta pessoa presa na Operação Repartição, realizada pela Polícia Federal na semana passada. O ex-prefeito de Urânia, Francisco Airton Saracusa, dois advogados e dois assessores que foram presos temporariamente no início da operação vão continuar na cadeia. A Justiça atendeu ao pedido da Polícia Federal e converteu a prisão temporária, de cinco dias, em preventiva, por tempo indeterminado. A Polícia Federal ainda aguarda a autorização da Justiça Eleitoral para investigar documentos apreendidos na casa do ex-prefeito. A suspeita é de que ele também tenha cometido crimes eleitorais na última campanha. O ex-funcionário foi conduzido coercitivamente na deflagração da operação, foi interrogado, caiu em contradição e depois disse que desejava permanecer em silêncio. Ele foi apontado por outros servidores como sendo o verdadeiro chefe do RH da prefeitura. O suposto ex-chefe do RH confessou para a polícia que embora figurasse como chefe do setor e servidor da prefeitura há vários anos, na verdade não trabalhava na prefeitura e eventualmente era chamado para assinar alguns documentos no setor de RH e assinar seu contracheque. Além dos R$ 300 mil pagos em verbas rescisórias trabalhistas suspeitas no último dia de 2016, também estão sendo investigados mais de R$ 100 mil em pagamentos a fornecedores no último dia do ano bem como o pagamento de horas extras a servidores próximos do ex-prefeito no período que antecedeu as eleições passadas. A Polícia Federal suspeita que os valores podem ter sido utilizados para o pagamento de despesas da campanha dos candidatos que eram apoiados pelo ex-prefeito. Os envolvidos podem responder por corrupção, peculato, que é o desvio de dinheiro público, e associação criminosa. O advogado dos investigados disse para a TV TEM que não vai se pronunciar sobre o caso. O caso Todos são acusados de desviar cerca de R$ 400 mil da prefeitura de Urânia, que foi recebido do Governo Federal. A operação também investiga fraudes na folha de pagamento da prefeitura de Urânia na gestão passada.

Segundo a PF, nos pagamentos suspeitos, pagos a apenas alguns assessores próximos ao ex-prefeito, foram indenizadas férias e licenças-prêmio de até sete anos de trabalho. Dois ex-assessores jurídicos receberam valores de acerto trabalhista de até R$ 62 mil. Durante as investigações, os federais confirmaram que os 12 beneficiados com os pagamentos feitos no último dia de mandato, são, na maioria, filiados ao partido do ex-prefeito ou fizeram parte de sua coligação nas eleições de 2012. A polícia diz que ao analisar o histórico de remuneração dos ex-assessores, os agentes verificaram que alguns deles tiveram até 400% de aumento salarial no período da administração do ex-prefeito.

G1

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